Por Júnior Almeida
Um dos primeiros automóveis que me chamou atenção foi o Ford Model A, boa parte desta influencia dada pelos filmes da década de 30 e 40 como as comédias de Chaplin principalmente “o grande ditador” filme que até hoje posso assistir e rir durante horas além do premiadíssimo “Cidadão Kane” e Casablanca de Michael Curtiz aonde além da trama o que me despertava o interessa por filmes Cult era o cenário, figurinos e é claro o modelo A da Ford.
A tarefa do Modelo A, não foi nada fácil simplesmente ele veio para substituir o primeiro automóvel fabricado em massa a preços acessíveis para boa parcela dos cidadãos americanos. O Ford T, foi apresentado em 31 de dezembro de 1908 no Grand Central Palace de Nova York o triunfo de vendas durou até 1926 quando a concorrência já havia crescido e perto dos modelos da Chevrolet e Chrysler o T trazia uma concepção atrasada. Com um temperamento forte, Henry Ford não queria aposentar o velho T mas cedeu um ano depois, em 1927 foi produzida sua ultima unidade depois de 15 milhões de unidades. O curioso é que Henry demoram cerca de 6 meses para decidir se um novo modelo iria substituir honrosamente o best-seller de sua marca, graças ao filho Edsel que o convenceu a criar um modelo para fazer frente principalmente aos novos automóveis da Chevrolet que vinham arrebatando o mercado.
Apostando em uma forte campanha publicitária, que se baseava em divulgar nos principais jornais norte-americanos informações secretas vazadas pela própria Ford, os jornais divulgaram os anúncios do novo modelo da marca a prestações durante cinco dias seguidos, no quinto dia o Ford Model A foi apresentado como modelo 1928. Batizado como o mesmo nome do primeiro automóvel projetado por Henry, o Model A era muito mais refinado do que seu antecessor. A Ford investiu cerca de 100 milhões de dólares, hoje equivalente a 1 bilhão de dólares nos projetos para desenvolver um automóvel totalmente novo.
Do Ford T foi apenas utilizado os feixes de molas transversais, a mecânica inovadora, trazia um motor de quatro cilindros, 3.3 litros e válvulas laterais que dobrava a potência de seu antecessor saltando para 40cv, já o câmbio de três marchas com engrenagens deslizantes de alavanca no assoalho substituía caixa planetária fazendo com que o Model A alcançasse os incríveis 105km/h.
Realmente era um carro incrível frente aos concorrentes, o interior requintado trazia um painel de instrumentos bastante completo com velocímetro, medidor de gasolina e óleo e agora ganhavam iluminação, isso mesmo o Ford T não tinha mostradores iluminados. Junto com estes novos itens, vieram também inovações que já estavam sendo incorporado pelos novos projetos, como baterias convencionais, ignição com uso de bateria e bobina além de amortecedores hidráulicos de dupla ação, por sua vez as molas dianteiras eram semielíticas longitudinais e a traseira incorporava as mesmas só que na transversal. Mas, o mais impressionante estava na gama que a Ford dispunha do Model A. Uma serie de versões foram instituídas quem determinados “pacotes”, Tudor Sedan e o Fordor, já traziam o diferencial no nome ambos com nomes equivalente ao número de portas.
O elegante Tudor estava disponível apenas na configuração duas portas e quatro para o Fordor, além destas versões, outras carrocerias estavam disponíveis como a Roadster, Phaeton, Coupé e Sport Coupé equipada com o famoso "banco de sogra”. Todas estas inovações apresentaram resultado logo no primeiro ano de vendas, com 607 mil unidades em 1928, 1,5 milhão em 1929 e 1,1 milhão em 1930. Mas o que poucos sabem é que a Ford está instalada no Brasil desde 24 /4/ 1919 quando dispunha apenas de 12 funcionários e montava automóveis no centro de São Paulo, No 1º ano das operações no Brasil, foram vendidos 2.447 automóveis.
Já em 1924, a Ford já contava com sua própria cede no bairro do Bom Retiro inaugurada em 1921. A Fabrica da Ford contava com 124 funcionários e tinha capacidade de produção anual de 4.700 carros, cerca de 40 por dia além dos 360 tratores. No mesmo ano de 1924 as vendas do Model T contabilizaram cerca de 24.250, recorde mantido até até 1.960, quando foi introduzido o Corcel. O Model A também foi produzido em solo brasileiro, às versões que se tornaram mais populares foram a Standard Phaeton e o Tudor Sedan que cativaram boa parte dos consumidores, a Phaeton pelo primoroso acabamento e por ser um automóvel conversível, já o Tudor era bem visto pelo luxuoso interior que se assemelhava aos modelos mais luxuosos além de oferecer a capota rígida que mantinha um aspecto bastante moderno. Boa parte, do que a Ford se tornou no pós guerra e a grande fabricante que é hoje deve muito ao Ford Model A, Ford Model T e muito mais a Henry e Edsel Ford, ao som de Cole Porter “ You’are the Top” termino por aqui esta breve coluna de um apaixonado por automóveis.
Júnior Almeida
www.esporteautomotor.blogspot.com
O Revolucionário Ford
- Henrique Rodriguez
- 03/02/2012
- 11:52
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