Lei seca

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Não, este não é um post sobre a lei seca…

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Governo, realizou nesta sexta-feira mais uma etapa da operação Lei Seca, que tem foco educativo e de fiscalização. A blitz aconteceu na linha vermelha, no sentindo Baixada
Eu não sei como anda essa história de Lei Seca pelo Brasil. Os resultados não parecem muito animadores, ao menos. Parece que a redução do número de mortes mal atingiu os 10% em média nacional. Ou seja, muita gente ainda morre e se machuca por causa do trânsito. Seja pela Tequila com limão, o Whisky com energético ou aquela básica cervejinha do final de semana. Ou não! A minha verdade insiste em massacrar-me que o álcool agrava o problema; entretanto definitivamente não é o gerador. Baseando meus achismos e palpites focado no Rio de Janeiro, indago: o vai e vem de carros desta cidade encaixa-se na definição de anarquia. O fluxo de veículos é desordenado, desrespeitoso e completamente despreparado. Agora culpar a famosa gelada de tantas mortes e acidentes? Acho o fato bastante condicional. Acredito que deva ser pela ausência de motivação para culpar o próprio governo por não vigiar e melhor punir os nossos erros. Deve ser porque a Lei Seca serve de analgésico `a corrupção policial que sussurra pedidos de alguns trocados em uma "blitz". Ou talvez pela antiga e remanescente venda de carteiras de motorista. Penso que outro motivo para a desordem seria a má remuneração do motorista de ônibus que, por necessidade, também é preso `a uma exaustiva carga horária diária imposta pelas companhias responsáveis. Porém o mais irritante e agressor de todos os motivos ainda não foi mencionado. Questiono-me sobre aquele cidadão motorista, conhecedor das leis de trânsito. Suficientemente esclarecido sobre os atos de fazer e não fazer. Por que esse ser humano comete atrocidades (conhecidas também como "bandalhas")? O erro feito de propósito não é um erro: torna-se acerto. Tragicamente triste quando acerto este atinge em cheio o outro carro e a vida de quem estava correto em seu direito de dirigir. Pessoas correm demais, cortam demais. Elas batem demais. Não ligam. Não estão atentas. O álcool piora tudo e temos mesmo que cuidar de seus efeitos e resultados excessivos. Mas e quanto a todo o resto? E sobre a esmagadora maioria dos acidentes e incidentes que ocorrem pela falta de conhecimento humano sobre leis de preferenciais em vias públicas? E sobre a sinalização com setas? Por que esquecemos daqueles senhores que ultrapassam o semáforo quando em vermelho já quase que instintivamente? A falta de caráter com o semelhante, a arrogância ao sentar-se em frente ao volante e a falta de atitude em assumir prejuízos quando em colisão com outro veículo são apenas fatores já entranhados há tempos em nosso corpo que ginga malandro na capoeira, pedala com domínio no futebol e samba bonito no carnaval. Nós somos muito espertos. Somos todos marotos e damos jeito para tudo. As regras certamente são para os outros. Ou, em vezes, nem acreditamos muito nisso de regras. Esse negócio de lei não soa para ser cumprida mesmo. Para mim ao menos não, pra você soa? Acho que não, não é meu conterrâneo? Afinal, nem para o próprio legislador essa brincadeira tem importância. Por aqui parece que criador é engolido pela criatura e ainda permanece ileso. Vide Lei Seca. E em ritmo de festa e alegria que enchemos e levantamos o balão da campanha contra o etanol. Fazemos crescer a fila de carros para soprar o bafômetro. Somos muito, mas demais, mas tão espertos que não mesmo seremos pegos por corrupção. Muito menos lavagem de dinheiro. Nem sequer me lembre, gesticulando ou falando, sobre a omissão de socorro. Nós seremos presos é por excesso de álcool no sangue! Isso sim, claro… somos mesmo um grande povo festivo e feliz. Boêmios. Temos bastante orgulho para sermos surpreendidos pela Lei Seca. Quando a máquina acusa excesso e tomamos uma multa, quem sabe ate não surge um sorriso e uma foto da multa para depois postar na internet? Eu não consigo parar de filosofar sozinho sobre a imensidão da nossa sagacidade. Por Thiago Ramos

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