Peugeot e Citroën mostram sistema HybridAir que faz carro ser movido a ar comprimido

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Sistema será mostrado em conceitos do Citroën C3 e do Peugeot 2008

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Duas das novidades da PSA Peugeot Citroën para o Salão de Genebra são os conceitos Citroën C3 e do Peugeot 2008 HybridAir, que em comum eles possuem o interessante sistema HybridAir, desenvolvido em conjunto com o maior fornecedor mundial de sistemas automotivos, a Robert Bosch. Ele combina um motor à gasolina a um motor hidráulico acionado por ar comprimido, que entra no lugar de motores elétricos vistos em híbridos comuns, e que inclusive pode pode mover o carro sozinho. PSA-Peugeot-Citroën-Hybrid-Air
Este sistema consegue ser mais eficiente e barato. Testes da montadora apontaram que os protótipos Hybrid Air reduziram em 45% o consumo de combustível em ciclo urbano quando comparados com modelos iguais a gasolina. O Citroën C3 VTi 83 equipado com a tecnologia obteve consumo de 2,9 litros de gasolina a cada 100 quilômetros rodados, ou cerca de 33 km/l, com emissão de 69 gramas de CO2 por quilômetro.
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O HybridAir combina o uso de um motor 1.2 a gasolina de três cilindros da nova família Pure Tech da PSA (15% mais potente e 25% mais econômico do que a geração anterior), um compressor, um cilindro de ar comprimido instalado de forma longitudinal no centro do carro, uma bomba hidráulica de alta pressão e transmissão automática. Quem gerencia é uma central eletrônica, que escolhe automaticamente o mais eficiente dos três modos de operação: apenas com a força do ar comprimido que aciona motores hidráulicos, só o motor a combustão ou os dois juntos. Na partida, é usada somente a força do ar-comprimido para mover o carro até a velocidade de 70 km/h, mas o motor a gasolina pode entrar em funcionamento antes disso, sempre que o ar armazenado no cilindro se esgota. E leva apenas 10 segundos para ser enchido novamente, o que também é feito nas frenagens e desacelerações por um sistema de recuperação de energia cinética. O protótipo Hybrid Air também é equipado com o Start&Stop, que desliga automaticamente o motor quando o veículo está parado. Segundo informa a PSA, o modo emissão zero, em que o automóvel é impulsionado só pela força do ar comprimido, é usado em 60% a 80% do tempo no ciclo urbano. Na estrada, em velocidades maiores, o motor a combustão assume 100% da propulsão. A combinação das duas forças acontece nas retomadas e acelerações mais fortes. A potência máxima do protótipo desenvolvido é de 122 cavalos.
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Sistema parecido já foi utilizado pela indústria aeronáutica, mas a PSA é pioneira ao empregar em automóveis. No histórico da Citroën figuram a linha DS, que em 1955 usava ar comprimido para acionar sistemas hidráulicos da suspensão, direção, freios e câmbio semiautomático. Em 1958, a marca desenvolveu um protótipo do 2CV usava ar pressurizado para acionar força hidráulica de auxílio ao motor a combustão interna, mas o projeto foi engavetado por falta de mercado. Mas a PSA demorou para aposentar sua suspensão hidropneumática em modelos topo de linha. A busca por soluções para redução de consumo fez o princípio ser resgatado 55 anos depois. O que mais chama atenção neste sistema híbrido é ele abrir mão de propulsão elétrica, e consequentemente das caras e pesadas baterias, cuja produção e descarte passa distante da ideia de “carro ecológico” com a qual anuncia-se os híbridos. Outra vantagem do sistema é a preservação do espaço interno, por isso pode ser usado em modelos compactos, dos segmentos B e C, além de comerciais leves. E é barato a ponto de a PSA querer empregar ele em todo o mundo, o que poderá incluir inclusive o Brasil. Fonte | PSA, Wikipedia, Green Car Congress

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