Produção da Kombi já foi encerrada

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Velha Senhora já foi exportada para mais de 100 países

Sem título Não fosse todo o imbróglio envolvendo sindicato, governo e, supostamente, fabricantes, com o intuito de adiar a obrigatoriedade de freios ABS e airbags, a VW Kombi poderia ter tido um final mais feliz e tranquilo após 56 anos em produção no Brasil. Como revela a página do Sampa Kombi Clube no Facebook, a produção da “Velha Senhora” em São Bernardo do Campo (SP) foi encerrada nesta quinta-feira, 19. Mas ainda há quem acredite na possibilidade da produção ser retomada em 2014, mediante algum favorecimento do Governo ao modelo. kombi-last-edition-bagarai-5[2]
Em entrevista ao Uol, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, afirmou que a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de não abrir exceção para a Kombi diante das novas regras de segurança veícular, ainda não é a decisão  oficial do governo. Marques defenderá a manutenção da Kombi em produção em nova reunião a ser realizada com o Ministro da Fazenda Guido Mantega , marcada para a próxima segunda-feira, 23. Caso o governo permita que a produção continue, esta só seria retomada em março. Projetada pelo holandêd Ben Pon, a Kombi começou a ser vendida em 1950 – no Brasil, sua produção começou em 1957, em São Bernardo do Campo (SP), onde era produzida até esta semana de forma praticamente artesanal, sem o auxílio de robôs. Desde então, foram mais de 1.500.000 unidades produzidas, e parte da produção já chegou a ser exportada para mais de 100 países, como Nigéria, Argentina, Chile, Venezuela, Uruguai, México, Argélia e Peru.
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A Kombi já teve muitas faces. Já foi carro de família, principalmente nos anos 1960, época em que não existiam minivans (segmento popularizado pela Renault Espace, de 1984). Hoje, é em suma um veículo utilitário e de transporte de pessoas. Foi estereotipada como modelo de transporte alternativo nas principais cidades do Brasil e até virou carro de Hippie lá fora. Nunca perdeu sua liderança, haja vista que é um carro simples, barato e duradouro. Essa fórmula foi afetada por problemas que envolviam incêndios, que não mancharam a imagem do modelo.
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As pinturas saia e blusa, símbolos da primeira Kombi na versão Luxo, sumiram algum tempo depois da estreia da segunda reestilização, de 1975, quando a Kombi ganhava o visual aderido lá fora em 1967 – sempre atrasada… Vieram versões a Diesel e de cabine dupla na versão picape, ambas mal sucedidas. Algumas melhorias vieram em 1983, como o freio de mão, que saiu do assoalho para o painel, além do próprio painel e volante, que foram renovados, enquanto lá fora ganhara uma nova reestilização que nunca chegou aqui.
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Ao longo dos anos, vieram mudanças pontuais. Em 1992, vieram os cintos de três pontos e o servo-freio, ausente até mesmo no Fusca, relançado no ano seguinte. Em 1997, viria a mudança mais abrangente. Portas corrediças e teto mais alto vieram para maximizar ainda mais as facilidades do modelo, que lá fora já estava com uma nova geração. As mudanças caracterizavam a, como foi chamada à época, Kombi Carat. Só em 2005, oito anos depois, vieram novidades, estas mais simbólicas.
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A Volkswagen aposentou o motor a ar e aderiu à refrigeração a água, com um motor 1.4 Flex. Para adaptar a velha senhora ao novo sistema de refrigeração, a Volkswagen aderiu a uma grade, ausente na versão anterior. A grade era praticamente a mesma da Kombi movida a Diesel, que não era produzida desde os anos 1980. Era a modificação visual mais marcante desde o lançamento da linha 1975. Em 2009, veio o brake-light integrado à carroceria, para atender a novas leis brasileiras.
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A Volkswagen tenta, desde a década de 1980, adaptar a Kombi aos novos tempos. Com o passar dos anos, o já defasado modelo ficou ainda mais desatualizado, e sobrevive sem qualquer concocrrente direto, Seu preço baixo (que é altíssimo julgando pela idade do projeto) não deixa chances para os concorrentes, muito mais modernos e que custam praticamente o dobro.

O fim da Kombi fica marcada pela Kombi Last Edition, que sai por R$ 85 mil
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