Pergunta da Semana – É tempo de targa. Ou não?

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 Quase coupé, quase conversível, com suas vantagens e desvantagens

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Estive viajando por uns dias, mas já estou de volta à capital dos mineiros. Sei que você está pouco se lixando com isso, mas fui recebido com um fim de tarde maravilhoso nas montanhas, com um clima extremamente agradável a meu ver. Tão agradável que avistei uma feliz família passeando em um Escort XR3i conversível. Ótima escolha para o dia, diria eu.

Estando eu chegando de viagem, comecei a imaginar o meu percurso de estrada estando ao volante de um desses ao invés de guiar meu honesto 1.nada. Bom, não deu certo: a torção de chassis em uma estrada sinuosa e com pavimento esquizofrênico cortou meu tesão no mesmo momento. Dá certo, mas não no meu ritmo de estrada, basicamente. Mas deveria haver alguma alternativa.

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Horas depois, descansando da minha função de dona-de-casa-pós-ausência, me deparo com o anúncio do eBay de um Toyota MR2 W20 Turbo 1993, lindíssimo. Era a resposta da auto-indagação de horas atrás: a chave do sucesso poderia estar em um targa! Para quem não sabe o que é, vamos lá: pegue um coupé qualquer. Retire a parte do teto imediatamente sobre sua cabeça, mantendo para-brisas e tudo para trás da coluna B (a do meio!) em seu devido lugar. Por fim, eventualmente adicione uma barra ligando a seção traseira ao quadro do para-brisas.

Agradeça à Porsche pelo invento, temerosa com boatos de que a venda de conversíveis seria proibido nos EUA em meados dos anos 1960. Seu drible na legislação seria lindo com o 911 Targa, que homenagearia a Targa Florio, mas mais do que isso: o estilo conquistou de forma ímpar aos próprios yankees, que os apelidaram por uma alcunha também de muito sucesso: para eles, são os T-Tops.

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Quer uma vivência apurada com o ambiente? Retire os painéis destacáveis que fecham esse espaço e os guarde no porta-malas (ou tenha um Honda CRX Del Sol com seu mecanismo alienígena para tal). Cansou ou quer discrição? Vá ao porta-malas e remonte tudo rapidamente (ou tenha um Honda CRX Del Sol com seu mecanismo alienígena para tal). Mas será que o targa me entregaria a dinâmica esperada em um pacote a céu aberto ou seria apenas mais um pato, que consegue fazer várias coisas distintas, todas elas de forma esdrúxula?

Vejamos: você não pode ter a amplitude da liberdade de um conversível, é verdade. Para muitos é suficiente para descartá-lo frente a um conversível tradicional. Mas justamente isso faz dele mais maleável para muitos, que podem usufruir dessa qualidade sem ser um imã de olhares para os que estão na rua, além de serem mais agradáveis de se utilizar quando fechado do que os claustrofóbicos conversíveis com teto de lona ou os dispendiosos de teto rígido.

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Por outro lado, a dinâmica do targa se aproxima mais de sua versão fechada do que a conversível, que se torna mais pesada e lerda nos trechos onde agilidade se faz necessária (a não ser que você tenha um Miata. Miatas são à prova de falhas e erros. Afinal, Miata Is Always The Answer). Um pequeno detalhe: você se lembra qual foi a última vez que você viu algum targa no Brasil? Pois é. Eu os vejo como notas de 100 reais na minha carteira, numa frequência tristemente pequena.

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Mas, ao fim e ao cabo: eu teria um targa? Lógico. Se penso em enfiar uma serra no teto do meu carro todo dia em que o clima está como o acima citado, o targa seria a opção lógica para combater tal insanidade e saciar minha vontade de dirigir a céu aberto. E você, faria o mesmo? Gosta de targas? Qual o seu favorito? Ou a sensação de estar descoberto lhe é incômoda? Vamos, deixe abaixo sua opinião e compartilhe seu gosto conosco.

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