Pergunta da Semana – Pintura saia-e-blusa, que tal?

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Decoração em dois tons tem espaço nos dias atuais?

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Estava eu, em um dia chuvoso a filosofar a existência de um modelo específico. Minha mente doentia se encontrava fixada no finado Chevrolet Monza Classic de primeira geração. Uma vez que a versão SL/E já atendia bem ao mercado de “luxo” (e batia de frente tranquilamente com o VW Santana GLS), por que existia uma versão ainda mais sofisticada se o Comodoro seria (teoricamente) o próximo passo na época de importações proibidas?

Nesse semi-lapso cerebral, me veio uma outra coisa deveras interessante. Bom, a mídia mundial adora tacar pedras no famigerado Cadillac Cimarron, que nada mais era do que um Monza em roupas de luxo. Mas epa, pera aí: nosso Classic não se distanciava muito dele. E sabe o que me parece mais insólito nesse Chevrolet de smoking? A opção de pintura em dois tons ou, como vulgarmente conhecida, saia-e-blusa. E temos aí um ponto de discussão interessante ao longo da história automotiva.

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Nos anos 1950, a pintura em dois tons era um algo a mais nos automóveis, principalmente de origem americana. Mas era algo sem distinção, qualquer banheira do Tio San utilizava esse layout. Nos veículos europeus (o Japão foi ‘inventado’ apenas em meados de 1960), as coisas corriam de forma mais discreta, mas ainda se verifica este item de decoração nos Rolls-Royce e congêneres. Mas, ao mesmo tempo, veículos de cunho popular como a Volkswagen T1 Kombinationskraftwagen (ou Kombi, pode ser), o Romi-Isetta e a Willys Rural utilizavam esse layout,

Logo, verifica-se uma ausência de lógica, não é mesmo? Ainda assim, tal construção é diretamente relacionada a modelos mais sofisticados. Em meados dos anos 1980, a Chevrolet tentou reviver com algum sucesso esse tipo de distinção nos modelos Opala Comodoro SE e Monza Classic SE. Nos dias atuais, ou é um Rolls-Royce ou um carro com opção de teto pintado de cor diferente, como o DS 3 e…c’est fini! Tudo bem, muitas vezes esse tipo de pintura está ligado a tons escuros e sérios. Mas como fica bonita em certos carros!

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Vem cá: qual outro carro atual possui uma pintura bicromática? Não digo de tetos plotados de preto, e sim de dois tons distintos constituindo a personalidade elegante do automóvel em questão. Se formos atrás de veículos de luxo, tal lacuna é ainda mais evidente. Será que a morte do saia-e-blusa é fruto dos gostos dos consumidores ou, pior: foi morto e sepultado pelas tecnologias atuais de pintura em série automotiva?

E você, gosta das pinturas em dois tons? Possui alguma história para contar? Se lembra de algum exemplo recente de pintura saia-e-blusa que poderia compartilhar conosco? E deixe sua opinião: por que esse tipo de decoração aparentemente morreu?

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