Que tal uma parada no box para reabastecer? Vem aí a coluna Splash and Go!

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 O jornalista Renato Cantharino é o novo integrante do 1M

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Opa! Eu sou o Renato Cantharino, muito prazer! Sou carioca, tenho 31 anos, fã do Soundgarden, noventista apegado, formado em rádio e jornalismo. Trabalho como repórter do Sistema Globo de Rádio (rádios Globo e CBN) desde 2013. Sou um motorista desatento. Juntando todos os Brats (Boletim de Registro de Acidentes de Trânsito‏) que guardo desde 2003, daria para lançar o livro ‘1001 Formas de Bater’. Mas não desisto. Continuo tendo carro para o dia a dia e no ano passado, comprei um tesouro: um Fusca 1300 vermelho cereja, ano 1971, único dono e com nota fiscal de fábrica (mais bem conservada que a minha Certidão de Nascimento).

O Fusca ainda está sendo restaurado, pretendo deixar do jeito que saiu da concessionária há mais de 40 anos. Também não sou bom pilotando kart, só ando do meio pro fim do pelotão. Em 2005, comecei a passar mal durante uma corrida, mas não parei imediatamente e quase morri engasgado.

Nada do que citei anteriormente me credenciaria para estar aqui, caso não fosse apaixonado por esportes a motor. Como todo brasileiro com mais de 30 anos, desde pequeno a Fórmula 1 invadia a minha casa nas manhãs de domingo, na esperança de mais uma vitória de Ayrton Senna. Estava assistindo a corrida no fatídico 1º de maio de 1994, mas só após 5 anos sofri pela primeira vez ao assistir a morte de um piloto. Foi no dia 31 de outubro de 1999, no trágico acidente que vitimou o talentoso piloto canadense Greg Moore, na etapa de Fontana da extinta ChampCar (Indy).

Porém foi em 16 de outubro de 2011, que senti meu peito rasgar com a morte do piloto britânico Dan Wheldon. Havia saído para jantar e quando cheguei em casa, procurei na internet o resultado da prova em Las Vegas. A notícia da morte de Wheldon estava na minha página inicial. Foi uma triste noite de domingo . O britânico era o meu piloto favorito da geração 2000 da Indy.

Voltando a 1º de maio de 1994, ao contrário de boa parte dos brasileiros, a Fórmula 1 não perdeu a graça para mim, muito pelo contrário. Comecei a acompanhar também a Fórmula Indy. Dois nomes surgiram de forma meteórica após a morte de Senna: Michael Schumacher na Fórmula 1 e Jacques Villeneuve na Indy. O jovem canadense, filho do lendário Gilles Villeneuve, me fez passar de um fã de corridas para um apaixonado por esportes a motor. Com a pole position na etapa de estreia na Fórmula 1, em 1996, sabia que minhas manhãs de domingo não seriam mais as mesmas.

Enquanto vibrava com o Jacques na Fórmula 1, outro canadense, com uma pilotagem agressiva, extremamente rápido, conquistava minha admiração na Indy: Paul Tracy, também conhecido por aqui como Sr. Apronta Tudo. Nesta mesma época, a Fórmula Truck começava a despontar no Brasil. É óbvio que o piloto mais agressivo, arrojado e espírito de porco conquistaria minha admiração. O nome dele é Eduardo Landim Fráguas, o ‘Mad Macarrão’. Essa foi minha iniciação no mundo dos esportes a motor. Torci para muitos outros pilotos nas últimas duas décadas, mas Jacques Villeneuve, Paul Tracy e Macarrão são os principais responsáveis por eu estar escrevendo este texto.

Em 2010, criei o ‘Splash and Go’, boletins diários sobre esportes a motor veiculados em web rádios. Escolhi o nome Splash and Go por causa do significado do termo: parada rápida no box para reabastecer o necessário até o término da prova. E os boletins eram assim. Em um minuto eu falava sobre o que de mais importante estava acontecendo nas pistas ao redor do mundo. Com o Splash and Go, cobri as temporadas de 2010 e 2011.

Ainda em 2011, aceitei o convite para ser comentarista de Fórmula 1 no programa CJC Esportes, da RIT TV. No final de 2011, não consegui mais conciliar o Splash and Go e o CJC Esportes com o início da atuação como repórter de rádio na cobertura hard news do Rio de janeiro. Antes de entrar no Sistema Globo de Rádio, passei pelas rádios Metropolitana e Roquette Pinto.

Autódromo de Deodoro

Em 2013, já pela Rádio CBN, acompanhando o mestre do jornalismo em rádio, Ricardo Ferreira, em uma reportagem sobre explosões na área onde será (?) construído o Autódromo de Deodoro, iniciei a investigação sobre o que estava por trás daquela simples pauta de cidade. Consegui fotos, vídeos e depoimentos exclusivos. Após 15 dias de encontros com fontes sigilosas e ligações utilizando códigos, levamos ao ar, no dia 1º de maio, um verdadeiro dossiê sobre o perigo dos explosivos no terreno cedido para a construção do Autódromo de Deodoro.

Foi a notícia com maior repercussão na imprensa brasileira naquele feriado do dia trabalhador. No dia seguinte, o Ministro do Esporte, o Prefeito do Rio, o General do Comando Militar do Leste e o secretário estadual da Casa Civil tentaram explicar o inexplicável. Nossa reportagem foi incontestável.

No dia 02 de maio, foi ao ar a segunda reportagem, sobre as questões ambientais do terreno, mas a repercussão foi menor do que a do dia anterior. Mesmo assim, as autoridades nem tiveram tempo para respirar. Foi um trabalho cansativo, de dedicação total até nas horas de folga. Ricardo Ferreira conduziu brilhantemente as reportagens.

Nossa matéria também foi destaque nos principais sites brasileiros de automobilismo. Pode parecer contraditório um jornalista que se diz apaixonado por esportes a motor produzir reportagens que foram utilizadas pelo Ministério Público para embargar a construção do novo autódromo na cidade. Mas seria muito pior ter que cobrir uma tragédia durante uma competição no novo autódromo.

Não tive como recusar o convite para escrever aqui. Conheci o Fabio Perrotta Jr. na faculdade. Ele foi meu calouro e um dia puxou assunto comigo por ter percebido que eu gostava de esportes a motor, talvez tenha sido ajudado causa da minha camisa do Casey Stoner ou pelo casaco da Ferrari.

A partir de então nos tornamos amigos, já há algum tempo, melhores amigos. Nos últimos anos, acompanhei a evolução dele como jornalista automotivo, o que me enche de orgulho. Toda vez que ele falava sobre o blog, o extinto Novidades Automotivas, citava um tal de Henrique Rodriguez, que eu só conheci pessoalmente no ano passado, num encontro de automóveis antigos. Nos aproximamos de verdade no início deste ano, quando ele passou uma manhã de sábado me ajudando a escolher um novo carro.

No entanto, acabei comprando o modelo que ele mais me desaconselhou. O conhecimento do Henrique é descomunal. Se alguém me contasse que conhece um cara como ele, eu não acreditaria. Ele é uma das revelações do jornalismo automotivo brasileiro dos últimos anos.

Então, entrar no desafio de um novo projeto com eles é uma honra. Se o blog Novidades Automotivas já era um sucesso, o site Primeira Marcha vai agradar ainda mais o leitor apaixonado por motores. Mas ao contrário deles, que produzem reportagens com riqueza de detalhes, vou me arriscar como colunista. Não vou assistir corrida com um caderno na mão anotando quanto foi o tempo de parada no box de tal piloto ou muito menos me preocupar em saber de cor quem fez o maior número de poles na temporada de 1967.

Vou falar de esportes a motor como um fã, do mesmo jeito que faço com amigos durante as corridas. Provavelmente, deixarei escapar, às vezes, um comentário mais passional, mas espero não cometer injustiças por isso. Me comprometo (para o desespero da minha namorada aos finais de semana) a manter diálogo com o leitor sobre Fórmula 1, MotoGP, Fórmula Indy, Nascar, Fórmula E, Fórmula Truck, Stock Car e fatos relevantes de outras categorias.

Mesmo que você não concorde com a minha opinião sobre uma corrida ou determinado piloto, espero que possamos conversar como bons amigos.

O Splash and Go voltou! Todas as segundas-feiras aqui no Primeira Marcha

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