Pergunta da Semana – Por onde andam os para-choques pretos?

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Hoje restrito aos aventureiros, eles ainda têm seus fãs

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Sim, caros leitores: estou vivo, embora por tempo indeterminado. Enquanto isso, vamos para mais uma Pergunta da Semana. Bem, este que vos escreve voltava alegremente da aula em uma noite dessa semana quando foi confrontado com uma visão perturbadora. Sim, daquelas que você se pergunta o quão louco você está. E antes que você pergunte “o que você viu, seu estúpido?”, eu digo: era uma BMW 325i E36. Marrom. Absurdamente inteiro. Com bancos de tecido e para-choques pretos. Então uma faísca se acendeu entre meus sete neurônios restantes: o quanto muda o design da E36 com um par de plásticos pretos?

Fato é que esse raciocínio perdurou em minha mente por mais algumas horas sem chegar a uma conclusão firme. E isso me levou a uma observação cotidiana acerca dos para-choques e seu acabamento. Vamos a uma rápida retrospectiva e entender a evolução esse simples componente, seja em termos de material ou mesmo de design.

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Voltemos aos anos 20. É o início da popularização do componente, ainda composto por simples tiras de aço toscamente colocados nas extremidades dos veículos. Nos anos 30, os mesmos passam a ser mais robustos, ainda de metal, mas é o início do uso do cromo como acabamento, hábito que perduraria até meados dos anos 1970. Necessário ressaltar que, em meados dos anos 1950, os mesmos começaram a ficar mais integrados ao desenho dos automóveis, ajudando na melhoria da aerodinâmica dos mesmos. A partir dos anos 1970, os mesmos começaram a vir com detalhes em preto, precedendo a grande revolução que se aviltaria na década seguinte: para-choques de plástico injetado, mais envolventes e aerodinâmicos, sempre na cor preta.

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Tal inovação chegaria na terra de Telê Santana em 1984 no Fiat Uno, e teria grande aceitação nos anos seguintes. Tal modismo adentrou os anos 1990, mas com um novo concorrente: os para-choques de compósito reforçados, que por sua vez aceitavam textura, acabamento e pintura próximas à cor da carroceria, levando a um visual mais integrado. Tal inovação veio em conjunto com a abertura das importações em 1990, sendo o Chevrolet Omega o primeiro veículo nacional com tal componente, em 1992. Daí para frente, mudou-se apenas o material, passando a ser plásticos das mais variadas composições. Desde então, o item tornou-se cada vez mais parte carroceria. E sempre na cor da mesma, relegando o velho para-choque preto e de plástico às versões aventureiras.

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Mas, alto lá: até quando isso é interessante? Desde o mais básico dos carros nacionais, o para-choque se mostra inteiramente na cor da carroceria. Mas será que ele ainda tem lugar nos dias de hoje, com as atuais tendências de desenho automotivo? Será que a elegância transmitida por aquele BMW seria hoje de uma esquisitice ímpar?

A meu ver, talvez. Mas essa é a minha opinião. E você, o que acha? Concorda comigo ou acha que os para-choques pretos devem voltar além dos utilitários e dos metidos a aventureiros? O quão impactante é tal item na sua concepção? Vamos, deixe sua experiência abaixo e partilhe seu saber conosco.

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