Pergunta da Semana – Você sabe utilizar o freio ABS corretamente?

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Hoje obrigatório, sistema pode ser invalidado por utilização errada

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Não contavam com minha astúcia! Ou melhor: contavam. Discussões filosóficas a parte, aqui estamos em mais uma Pergunta da Semana. E, mais uma vez, uma observação do quotidiano me faz vir até aqui e escrever. Temos falado, de forma recorrente aqui, de segurança viária. E, mesmo que retornaremos em breve com esse assunto, acho interessante tocar de forma isolada no uso dos freios ABS, cuja presença se faz cada vez maior nas nossas ruas e estradas.

Yes, nós temos bananas. E ABS também, mesmo que sua inserção tenha sido por força legal. Com a natural renovação da frota, mais carros com o dispositivo tomam as ruas. Introduzido pelo Chrysler Imperial em 1971 com um sistema fornecido pela Bendix, o equipamento é oriundo do sistema anti-travamento das rodas utilizado em diversas aeronaves desde os anos 1950, sendo a pioneira a Dunlop com o Maxaret em aviões ingleses.

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E como funciona o bendito? Hoje não é nada mecânico. Temos um sensor de rotação das rodas, seja ele por uma roda dentada ou por um componente eletromagnético. Durante o funcionamento normal, o sensor “lê” a velocidade do veículo de forma individual em cada uma das rodas, verificando que a diferença de velocidade entre elas é infinitesimal. Na hora de frear, o comportamento deve permanecer, não é mesmo? Acontece que se uma roda trava, sua velocidade cai instantaneamente para zero. Nesse momento, o sensor entende como “roda travada” e, individualmente, libera a ação do freio naquela roda, levando-o à frenagem intensa mas sem o travamento. Enquanto isso, a pressão hidráulica do freio permanece aplicada às rodas restantes, até que uma se trave ou a frenagem seja cessada. Isso ocorre milhares de vezes no intervalo de um segundo, tornando a operação segura.

E aí está a raiz do problema para nós, usuários comuns. Se o freio é liberado por uma fração de segundos, por vezes mais de uma vez em rodas diferentes, temos uma variação da pressão aplicada no sistema de frenagem. Essa variação é sentida no pedal: se você aplica uma pressão constante, e sua resposta é variada, o que é percebido pelo condutor é uma trepidação no pedal. E é aí, meu amigo, que a cobra fuma. Porque isso não ocorre com carros sem ABS, uma vez que a força de aplicação é constante, estejam as rodas travadas ou não. Mas era com isso que o motorista estava acostumado.

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Pois bem. Vinha eu em uma movimentada avenida de Belo Horizonte em meu carro, equipado com ABS. Reduzo marcha para entrar em uma rua perpendicular quando, subitamente, percebo o equipamento entrando em ação. Fiz o correto: não aliviei a pressão aplicada, nem mesmo tentei modular (o famoso “bombear”) o pedal de freio. O carro reduziu de forma devida, e entrei a direita. Curioso para ver o que havia ocorrido, desci o carro e me dirigi à esquina citada. Ao chegar, percebo a causa: areia no asfalto. Ainda no local, vejo um sedã médio, pouquíssimo rodado, dirigido por uma senhora. Ela vem a virar no mesmo local que eu. O ABS também funciona, mas ela não: tira o pé do freio e invade a calçada. Felizmente, apenas danos materiais

Vou em seu socorro: “A senhora está bem? O que houve?”. A resposta é de cair o rabo do cavalo: “Meu carro deu problema nos freios, que começaram a trepidar!”. Perceba que, ao invés livrá-la do acidente como ocorrido comigo, o ABS foi o “vilão”. Entre aspas, porque a resposta humana errônea ao seu funcionamento por puro desconhecimento é a causa real do ocorrido.

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E você, sabe lidar de forma correta com o acionamento do ABS? Já foi salvo por esse equipamento alguma vez? Conhece casos de mal-uso que terminam de forma desastrosa? Vamos, deixe sua participação abaixo!

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E até a próxima!

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