Pergunta da Semana – Você já amou um carro?

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Olá, estamos de volta com mais uma Pergunta da Semana. E a conclusão, nada óbvia, é que não existe amor nesse mundo. Ou anda bem escondido, mais que a Eliza Samúdio. Em BH então, é mais raro que enterro de anão. Ou filhote de pomba. Ou santo de óculos. Ou bicampeonato do Atlético-MG. Ou cabeça de bacalhau.

Mas, ainda nesse papo de amor, vi algumas demonstrações de amor entre homem e automóvel por esses dias que me deixaram pensativo (temos aí um milagre!). Inicialmente, um amigo comprou uma exemplar dos anos 1990 de outro conhecido. Aquele que vendeu, entregou com uma imensa carga emocional: havia mais do que uma simples relação de proprietário e propriedade ali. Na verdade, eram companheiros, cúmplices do cotidiano. Carro não sente e não tem emoção? Me poupe! A não ser que seja um japonês ou coreano hermético e pasteurizado. Mas, talvez, nem assim.

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Dias depois, um carro de trabalho de outro colega se sacrificou em prol dele. Esse rapaz, que utilizava o carro para entregas em um país no exterior, cuidava com todo carinho de sua máquina. Em uma manobra mal-executada, a pequena perua bateu em guard-rails e canaletas até parar totalmente. O proprietário saiu incólume. O veículo, perda total. Um companheiro que se sacrifica pelo outro, na guerra do cotidiano, da sobrevivência. O dono entregou seu carro, disforme, para a devida destinação alinhado às demandas legais do país. Uma entrega digna de emoção, de um agradecimento por escrito na lataria então gélida de mais um automóvel que deixou as ruas. Mas é mais que isso.

Por fim, por força da minha profissão (sou Consultor Automotivo. Sim, isso existe!), adquiri um automóvel para um cliente que estava a mais de 1000 quilômetros daqui. O carro, já comprado, ficou em minha posse por alguns dias, até que eu me dirigi durante o fim de semana até o aeroporto local para promover o encontro entre criador e criatura. Algum dentre vós já presenciou um humano indo de encontro com um cachorro ou gato, estando o animal ainda recém-nascido, e os olhos do novo dono brilhando ao vê-lo – e senti-lo – pela primeira vez? Foi assim que o dono se portou ao ver seu carro novo. Que não era nenhuma Ferrari ou Maserati, mas o fruto de seu trabalho e futuro companheiro de jornadas.

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A minha conclusão é: sim, podemos amar os carros. E, por vezes, eles respondem de forma recíproca. Por quantas vezes não foram necessárias conversas com meus carros para que eles não sucumbissem – ou me ajudassem a fazer o impossível – em momentos complicados. E, a despeito de eventuais dores de cabeça em outros momentos, nessas horas lá estavam eles, firmes e fortes. Como, também, é o caso do americano Irv Gordon e seu Volvo 1800S. Primeiro e único dono do carro desde 1966, Gordon já dirigiu seu Volvo por mais de 3 milhões de milhas (ou 4.827.000 km!). Existe alguma dúvida da cumplicidade de ambos para que tal marca tenha sido atingida sem grandes percalços?

E você, já amou um carro de verdade – e se sentiu amado por algum deles? Ou pior, a relação já foi – ou se tornou – de ódio com um automóvel? Divida conosco a sua história de amor com um veículo!

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E até a próxima!

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