Splash and Go! – Valentino Rossi ‘garoteou’ no fim de semana dos veteranos

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Chicane2

Apenas na Fórmula 1 a idade é uma sentença. No último fim de semana, pilotos com mais de 35 anos, considerados velhos para a categoria máxima do automobilismo mundial, dominaram as provas da Nascar, Fórmula Indy e Stock Car. O mesmo só não aconteceu na MotoGP, pois o Valentino Rossi deu uma ‘garoteada’ digna de um piloto iniciante.

Nascar:

Os balzaquianos deram show no oval de New Hampshire. A prova foi muito interessante, com apenas 3 bandeiras amarelas nas primeiras 260 voltas. Nas últimas 40 voltas, foram 4 bandeiras amarelas, o que deixou a corrida ainda mais imprevisível. Na minha opinião, a imprevisibilidade é o principal atrativo da categoria. Admito que não é uma categoria que conquista logo de cara, pois demora um tempo para entender algumas regras e o formato da classificação. Mas depois que você domina as principais informações, é impossível assistir a uma corrida de outra categoria no mesmo horário. Os pilotos cativam seus fãs dentro e fora das pistas.

Tenho vibrado com a Nascar nos últimos anos, com a mesma intensidade que torci pelo Jacques Villeneuve na Fórmula 1, na temporada de 1997. Mas voltando ao último domingo, dos 5 primeiros colocados, 4 têm 40 anos ou mais. Apenas o arrojado Joey Logano conseguiu garantir a presença de um jovem entre os tiozões. O top five ficou assim:

1 – Matt Kenseth – Joe Gibbs (Toyota) – 44 anos
2 – Tony Stewart – Stewart-Haas (Chevrolet) – 45 anos
3 – Joey Logano – Penske (Ford) – 26 anos
4 – Kevin Harvick – Stewart-Haas (Chevrolet) – 40 anos
5 – Greg Biffle – Roush Fenway (Ford) – 46 anos

Matt Kenseth comemorando a vitória com o tradicional burnout
Matt Kenseth comemorando a vitória com o tradicional burnout

Já que citei o Tony Stewart, não posso deixar de falar da vitória espetacular do ‘Smoke’ no circuito misto de Sonoma, no dia 26 de junho. Se o meu colesterol alto não contribuiu para um infarto naquele dia, provavelmente do coração não morro mais. Até hoje, os vizinhos devem se perguntar o que motivou tantos gritos naquela tarde de domingo. Quando ele recuperou a primeira posição, faltando uma curva para o bandeirada, fiquei descontrolado. Quebrei a primeira coisa que vi pela frente, que era uma ‘mão de plástico de coçar as costas’. Nem lembro onde bati, só sei que tive que catar vários pedaços caídos no chão.

Quem acompanha a categoria, sabe o que o piloto do carro 14, tricampeão da categoria, passou nos últimos anos. De uma acusação de ter matado um piloto de propósito durante uma corrida até uma lesão grave na coluna, que o deixou fora das primeiras etapas da temporada 2016, que é a sua de despedida. Além disso, Stewart acumulou resultados pífios nas últimas temporadas da Nascar. A vitória em Sonoma e o segundo lugar em New Hampshire, animaram os fãs do piloto mais polêmico da Nascar atualmente. Será que o ‘Smoke’ tem chances de ser campeão na temporada de despedida? Claro! Não se deve subestimar nunca um piloto com o currículo do Tony Stewart.

Falando em veteranos, Dale Earnhardt Jr. não correu em New Hampshire por conta de uma possível concussão cerebral. Em New Hampshire, o carro 88 da Hendrick foi pilotado por Alex Bowman. Nas duas próximas etapas da categoria, o substituto de Dale Jr. será ninguém menos que o tetracampeão Jeff Gordon, aposentado desde o fim da temporada 2015. Haja coração!

Indy:

O GP de Toronto da Indy não foi dos mais espetaculares. O início for morno e a prova foi decidida por conta de bandeiras amarelas. Vale ressaltar as performances dos dois únicos brasileiros da categoria no Canadá. Castroneves continua sendo muito constante, mas tem sido superado com frequência pelos companheiros de equipe. Já o Tony Kanaan, parece que se reencontrou dentro do carro. O baiano tem demonstrado nas pistas que está com sede de vitória, o que não acontece desde 2014.

Como também aconteceu na Nascar, apenas um piloto com menos de 30 anos conseguiu chegar entre os 5 primeiros. O top five ficou assim:

1 – Will Power – Penske (Chevrolet) – 35 anos
2 – Helio Castroneves – Penske (Chevrolet) – 41 anos
3 – James Hinchcliffe – Schmidt Peterson (Honda) – 29 anos
4 – Tony Kanaan – Ganassi (Chevrolet) – 41 anos
5 – Takuma Sato – Foyt (Honda) – 39 anos

Will Power guiando para mais uma vitória na categoria
Will Power guiando para mais uma vitória na categoria

MotoGP:

GP da Alemanha é sinônimo de Marc Márquez. O jovem espanhol piloto da Honda venceu todas as provas que disputou na pista germânica desde 2010, quando ainda competia de 125cc. Mas desta vez, parecia que o veterano Valentino Rossi da Yamaha, estragaria a sequência de Márquez. A pista estava molhada. Quando isso acontece, os pilotos utilizam a moto titular na primeira parte da prova e quando os pneus de chuva estão desgastados, o que acontece precocemente em relação aos de pista seca, eles entram nos boxes e pegam a moto reserva, que está com pneus novos.

Marc Márquez largou na pole, mas foi perdendo posições durante a corrida, chegando a andar em nono. Rossi largou em terceiro e se manteve entre os primeiros até boa parte da corrida. Porém, Márquez foi mais inteligente e confiante. Enquanto Rossi brigava por posição com o Andrea Dovizioso, o Marc voava com a moto reserva calçada com pneus de pista seca, pois as condições da pista já estavam bem melhores. A Yamaha começou a chamar desesperadamente Rossi para o boxe, pois os pneus do italiano estavam detonados, mas ele ignorou.

Rossi e Márquez disputando posição no início da corrida
Rossi e Márquez disputando posição no início da corrida

O espetacular piloto italiano caçava o mediano Dovizioso como um jovem em busca da primeira vitória. Foi uma decisão estúpida para um heptacampeão. Quando finalmente Rossi resolveu entrar no boxe para pegar a moto com os pneus novos, já era tarde. A vitória caiu no colo do Marc Márquez. Rossi terminou em oitavo e Jorge Lorenzo, que teve um fim de semana para esquecer, cruzou a linha de chegada na décima quinta posição.

Stock Car:

Só assisti os melhores momentos da rodada dupla da etapa de Cascavel. Li sobre as 2 corridas em sites especializados, mas não é a mesma coisa, né? Então só vou deixar uma informação que corrobora com o título desta publicação: a corrida 1 foi vencida por Cacá Bueno, de 39 anos, e a corrida 2 por Rubens Barrichello, de 44.

Tirando a teimosia do Valentino Rossi, o fim de semana provou que a idade não impõe limites ao talento. Meu último videogame foi um Super Nintendo, em 1995. Eu era bom em jogos de corrida. Depois não consegui mais acompanhar os avanços tecnológicos dos games. Todas as tentativas que fiz nos últimos vinte anos em consoles com PlayStation e Xbox, foram fracassadas. É assim que vejo a Fórmula 1 atual. Um piloto de 18 anos entra para a categoria preparado para evoluir junto com a tecnologia dos carros. Já os pilotos que guiaram carros com motores V10 no início da década passada, serão aposentados pelos avanços tecnológicos das unidades de potência.

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