Avaliação – Fiat Cronos 1.3 é competente, mas deve em equipamentos

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Sim, sedãs estão perdendo espaço no mercado para os SUVs, é fato. Mas tem aquele cara que não troca o três-volumes por nada. Para continuar bem nesse segmento – que ainda é rentável para as fabricantes -, a Fiat tratou de tascar preços bem competitivos no Cronos, que começa em R$ 53.990.

Tivemos o primeiro contato com o novo sedã da Fiat pelo conjunto mais básico, com motor 1.3 e caixa manual de cinco marchas. É o Crosnos que tem tudo para fazer a cabeça também dos taxistas. Afinal, tem-se um carro com plataforma moderna, motor eficiente e desenho interessante.

No caso, avaliamos o Cronos Drive (R$ 55.990) que é R$ 2 mil mais caro que o Cronos 1.3 por ter alguns equipamentos extras. Aqui, o sedã surpreende como seu companheiro de arquitetura, o hatch Argo. O 1.3 Firefly quatro cilindros de 101/109 cv roda suave e faz o modelo de 1.139 kg desenvolver bem.

A agilidade é garantida pelo bom acerto do câmbio manual de cinco marchas, com as primeiras relações mais curtas. Antes dos 40 km/h já se está em terceira, sem o motor berrar. Só mesmo os engates da alavanca é que carecem de precisão e de um curso menor.

Nas retomadas, o Cronos 1.3 só mostra força acima das 3.000 rpm, por isso, é preciso trabalhar bem o câmbio para não ficar na mão. O rodar suave volta a agradar nessas situações e o consumo, segundo o Inmetro, é de 8,5 km/l e 10,3 km/l com álcool, e de 12,4 km/h e 14,8 km/l, com gasolina.

A direção com assistência elétrica podia ser um pouco mais firme a 80 km/h, mas é bem suave na hora de manobrar. O volante é meio grande e desproporcional que nem no Argo, mas tem regulagem apenas de altura e a posição de dirigir agrada pela ergonomia e visibilidade.

O acabamento também segue o bom trabalho feito no hatch. Os materiais usados, mesmo no Cronos mais barato, aparentam qualidade e capricho e não há sinais de rebarbas nem excesso de plástico feioso. Supera o de Honda City, Hyundai HB20S e até do mais novo do pedaço, o Volkswagen Virtus.

A vida como ela é

Sem pegar estrada de alta velocidade e curvas fechadas neste primeiro contato por algumas vias da Zona Oeste do Rio, o comportamento dinâmico do Cronos se mostrou satisfatório. A suspensão por eixo de torção na traseira é nova e diferente da do Argo, segundo a Fiat. Nas poucas e discretas imperfeições da avaliação, absorveu bem os impactos.

O espaço é bem parecido com o do Argo. O motorista fica com os joelhos e ombros à vontade, mas os porta-trecos centrais são pouco práticos. Apesar de a Fiat alardear a plataforma modular MP-S, o sedã tem o mesmo entre-eixos do hatch: 2,52 m, só 1 cm a mais que o Grand Siena.

Ou seja, dois adultos vão bem no banco traseiro do Cronos. Mesmo assim, pessoas com mais de 1,80 m de altura podem raspar a cabeça no teto. Nesse quesito, o espaço do Virtus ainda é imbatível.

A parte de equipamentos é bem racional para manter a versão mais barata do Cronos quase R$ 6 mil mais em conta que a do rival da Volkswagen. Tem ar-condicionado, trava elétrica, chave com telecomando, som com Bluetooth e USB, computador de bordo, volante multifuncional, entre outros. Vidros elétricos só nos da frente.

A Drive tem a mais que a versão 1.3 o controverso sistema multimídia Uconnect com tela de 7” e a segunda porta USB, para os passageiros traseiros.

Na parte de segurança, nada além do previsível. Estão lá os obrigatórios airbag duplo e freios com ABS. Também recebe Isofix e sensor de monitoramento da pressão dos pneus, cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos os ocupantes traseiros.

Se quiser mais proteção, coce o bolso. A Drive 1.3 GSR, com o câmbio automatizado de cino marchas, ganha controles de estabilidade e de tração, além do assistente à partida em rampas. Só que custa R$ 60.990.

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