Avaliação – Honda Fit EXL 2018 mostra que é preciso mexer em time que está ganhando

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Se o Fit fosse jogador de futebol poderia ser aquele clássico meia direita dos anos 1980. Ajuda na marcação, apoia na armação de jogadas e de vez em quando acerta o gol. A linha 2018 do monovolume da Honda nem vai ser o destaque da partida, mas precisa estar bem preparada.

Sim, o modelo é fundamental para as boas vendas e para aquela reputação positiva da Honda no Brasil. Nessa virada de linha, ganha equipamentos para se manter competitivo e sustentar as boas médias de mais de 2 mil unidades vendidas por mês.

Avaliamos a versão topo de linha do Fit, que continua bem salgada ao bolso: R$ 80.900. Pelo menos, está mais recheada. Mecanicamente, para não dizer que nada mudou, o sistema de direção elétrica aboliu as escovas. Segundo a Honda, significa maior durabilidade e menos ruídos nas manobras.

Na prática, o motorista dificilmente perceberá a diferença. Até porque a direção continua suave na hora de estacionar e passa precisão suficiente na cidade e na estrada.

O volante é que merecia melhor pegada, o que contrasta com a posição de dirigir do Fit – destaque desde a primeira geração. A visibilidade é generosa, é possível ver bem os cantos do carro.

E de volta às manobras, o novo desenho do para-choque deixa a peça mais exposta às batidinhas em postes. No desenho anterior, a tampa do porta-malas era mais vulnerável a tais situações.

Isso para motoristas para lá de distraídos, já que a partir da versão EX (R$ 75.600) o Fit é equipado com câmera de ré. No caso da EXL, ela vem dentro da central multimídia de 7” que agora tem GPS e espelhamento de smarthones. Outro “débito” quitado em termos de itens, mas também exclusivo na EXL, é o ar digital automático.

De volta à rua, o Fit mantém o conforto ao rodar no qual sempre se sustentou. O motor 1.5 16V de 115/116 cv continua competente, principalmente para os trechos urbanos ,mas não espere qualquer sopro de esportividade.

O que deve em empolgação, o conjunto entrega em eficiência. O consumo, de acordo com o Inmetro, é de 12,3 km/l na cidade e de 14,1 km/l, na estrada, nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). O câmbio CVT dita o comportamento liquidificador e incomoda mais pela aspereza e nível de ruído.

Os FIT EX e EXL 2018 passam a ter as aletas atrás do volante para trocas sequenciais das sete marchas simuladas da caixa continuamente variável. Até minimiza um pouco aquela falta de appeal da transmissão CVT, principalmente em trechos de serra.

O conforto a bordo continua o destaque. O sistema de rebatimento de bancos e o espaço atrás reforçam a pegada “família” do Fit. Na frente, motorista e carona não esbarram joelhos nos acabamentos do painel ou das portas.

A suspensão (McPherson e eixo de torção) ainda deve uma melhor filtragem dos buracos. Contudo, consegue se comportar bem na maioria das situações de terreno e nem de longe lembra a primeira geração do Fit, que fazia os ocupantes da frente e do banco traseiro quicarem com vontade.

O bom comportamento dinâmico ganhou reforço de destaque: o controle eletrônico de estabilidade. Outro item de segurança incorporado a toda a linha 2018 é o assistente à partida em rampas. Vale lembrar que a EXL também dispõe de seis airbags de série.

No desenho, além do novo para-choque e das lanternas com LEDs na traseira, o Fit mudou na frente. O para-choque dianteiro também é novo (o carro ficou 9,8 cm mais comprido, assim como a grade.

Há diferentes elementos internos dos faróis. Na versão EXL, o conjunto é de LED com luzes diurnas embutidas – na EX, o DRL está em um filete próximo aos faróis de neblina. Bancos de couro, rodas de liga leve aro 16” com novo desenho, rebatimento elétrico dos retrovisores completam os equipamentos da topo de linha.

No pós-venda os preços das revisões acompanham os cobrados pelo carro em si. As revisões com preço fixo até os 60.000 km somam R$ 4.173,65. Pelo menos, o Fit não é o goleador do time, mas tem a fama de não ter muita lesão.

Ficha técnica – Honda Fit EXL

Preço: R$ 80.900,00
Motor: flex, 1.497 cm³, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e variação na admissão
Potência: 115 cv (g) e 116 cv (a) a 6.000 rpm
Torque máximo: 15,3 kgfm (g/a) a 4.800 rpm
Transmissão: câmbio automático do tipo continuamente variável com sete marchas simuladas e tração dianteira.
Freios: a disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira
Suspensões: McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Peso: 1.104 kg
Carga útil: 419 kg
Comprimento: 4,09 m
Entre-eixos: 2,53 m
Largura: 1,69 m
Altura: 1,53 m
Porta-malas: 363 litros
Consumo: 12,3 km/l (c) e 14,1 km/l (e) com gasolina e 8,3 km/l (c) e 9,9 km/l (e), com álcool
Revisões: R$ 273,72 (10.000 km), R$ 410,01 (20.000 km), R$ 497,86 (30.000 km), R$ 1.089,28 (40.000 km), R$ 497,86 (50.000 km) e R$ 1.404,92 (60.000 km)

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