Hamburgo/Alemanha – Ao longo dos anos 1990, a BMW, procurava estratégias para ampliar sua linhas de produtos, atraindo novos perfis de consumidores. Entre as lacunas a serem exploradas estava a de modelos compactos e mais acessíveis. Contudo, o lançamento de um modelo pequeno representava um grande desafio. Afinal, alem de qualidade e luxo, um autêntico BMW deveria carregar um valor fundamental: uma dirigibilidade (pretensamente) superior à dos concorrentes, idéia tradicionalmente defendida e associada pela marca ao uso de tração traseira. E após ter apresentado conceitos ao longo daquela década, esse era o problema que se colocava. Dotar um modelo compacto de tração traseira não era uma opção viável, ao mesmo tempo em que lançar um BMW dotado de tração dianteira seria uma contradição. A solução veio através da compra da inglesa Rover, e de marcas que pertenciam a ela, e da apresentação do novo compacto como uma nova geração para o icônico Mini Moris, em 2001. O novo Mini se tornou um sucesso imediato, de crítica e mercado, levando ao aumento da capacidade de produção e ao surgimento de novos modelos sob a bandeira Mini ao longo dos anos seguintes. Primeiro uma variação conversível, em 2005, depois uma versão alongada, a Clubman de 2008. Contudo, diante do sucesso da linha, faltava um modelo com apelo mais funcional, voltado ao público que se sentia cativado pelo design exclusivo dos Mini mas que precisava ou desejava um modelo, ainda compacto, porém mais espaçoso e prático para o dia-a-dia. O Mini hatch conta com espaço interno realmente restrito e o Clubman, embora ofereça mais espaço para pernas dos passageiros do banco traseiro e um porta-malas mais volumoso, ainda está longe do que se poderia considerar um veículo com pretensões familiares.
Nascia assim, em 2009, o Mini Countryman, traduzindo os traços do Mini em formato SUV (ou crossover) compacto, com 4 portas e, assim como o Clubman, contando com opção para quatro ou cinco passageiros. Mas oferecendo um interior de fato mais amplo e acesso mais fácil para passageiros e carga. Ele é, portanto, a opção dentre os Mini para quem curte o visual retro e descolado dos modelos da marca, mas precisa de espaço e de um carro mais versátil para uso cotidiano. Mas e aí? O Countryman consegue associar a direção divertida e o design diferenciado dos Mini com praticidade e espaço para até 5 pessoas?
Pois, durante cinco dias, o Novidades Automotivas teve a oportunidade de avaliar uma unidade do modelo, um Mini Cooper D Countryman, por ruas e estradas na Alemanha, o que abriu a possibilidade de uma aproximação mais íntima, menos superficial e mais próxima do uso cotidiano do modelo. Leia-se cotidiano europeu, pois esta era uma unidade diesel (proposital) calçada com pneus para neve. Convidamos você, leitor, a nos acompanhar em nossas impressões e em nosso balanço geral sobre os pontos positivos e negativos do modelo, ao longo dos próximos dias.
Mini Cooper D Countryman – Menos é mais?
- Fabio Abreu
- 31/01/2012
- 10:00
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