Mexicano quer concorrer com as versões mais caras de EcoSport e Duster
Renault Duster e Ford EcoSport tem um novo concorrente direto. O Chevrolet Tracker é a aposta da GM entre os SUVs compactos, e quer brigar no topo do segmento. Ele chega apenas na versão LTZ, bastante completo e sempre com câmbio automático. O reflexo disso é visto no preço, que parte dos R$ 71.990.
A proposta deste Tracker é diferente daquele SUV vendido até 2010, que na verdade era o antigo Suzuki Vitara. Este novo não quer off-road, quer encarar o trânsito dos centros urbanos por cima, e conferindo o máximo de versatilidade aos passageiros. O Tracker quer conquistar seu cliente pelo conjunto. Ele leva vantagem nas dimensões, nitidamente maiores que a do Ford EcoSport, seu principal concorrente. São 4.24 m de comprimento, 1.77 m de largura e 1.64 m de altura, com entre eixos de 2,55 m. O comprimento é basicamente o mesmo do Ford, mas com a vantagem de não ter estepe pendurado na traseira. Fora isso, o entre eixos é 34 m maior, e ainda 21 mm mais largo que o EcoSport. O coeficiente aerodinâmico de 0,35 Cx não é nada mal para um carro deste tamanho.
Oferecido apenas na versão LTZ – e isso deve continuar por algum tempo –, o Chevrolet Tracker 2014 é equipado de série com ar-condicionado, bolsas infláveis frontais, freios antitravamento (ABS), rodas de 18 pol, bancos revestidos de couro, central multimídia MyLink com navegador, câmera traseira para manobras e computador de bordo. A versão de R$ 75.490 conta ainda com bolsas infláveis laterais e de cortina e teto solar com controle elétrico.
O motor é o mesmo do Cruze, o 1.8 16 válvulas Ecotec que gera 144 cv quando abastecido com etanol e 140 cv com gasolina, ambas a 6.300 rpm. O torque máximo, com etanol, é de 18,9 kgfm já aparece com 3.800 rpm. Com gasolina, o torque máximo é de 17,8 kgfm, na mesma rotação. 90% do torque já estão disponíveis com 2.200 rpm.
A tração é apenas dianteira – versão com tração integral é esperada para 2014 – e câmbio é sempre o automático de seis marchas GF6 de segunda geração com a opção de mudanças no modo manual seqüencial por meio de botões na lateral da alavanca, como em outros carros da marca.
Importado do México, o Tracker chega se valendo da cota de importação que a GM possui. O problema é que ela é dividida com Sonic e Captiva. Para conseguir trazer 1800 Tracker por mês a Chevrolet cortou algumas versões do Sonic na linha 2014, e fez o mesmo com o Captiva, que perdeu a versão V6 na última semana. Desta forma, não há – oficialmente – intenção por parte da GM em trazer uma versão mais em conta do Tracker.