Linha de montagem de Henry Ford completa 100 anos

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Processo popularizou o automóvel e revolucionou a indústria

1924 Model T Assembly Line
Uma das poucas vezes que estudamos sobre algo ligado ao meio automotivo na escola foi sobre o surgimento da linha de produção, durante a Segunda Revolução Industrial. Este processo, concebido por Henry Ford, está completando hoje 100 anos. Foi em 7 de outubro de 1913 que a fábrica da Ford em Highland Park, Michigan, passou a montar o lendário Ford T sob o processo que viria a ser considerado uma das maiores inovações tecnológicas da era industrial, por reduzir bastante o tempo de produção. Integrated Moving Assembly Line
Este sistema foi idealizado após Henry Ford ter analisado experiências bem sucedidas como o moinho automatizado desenvolvido por Oliver Evans, a montagem de espingardas desenvlovida por Eli Withney a a produção de revólver de Samuel Colt.  As linhas de montagens são utilizadas desde então no processo de produção em série, onde o produto se desloca ao longo de postos de trabalho, com operários especializados naquele processo. Para facilitar, as peças do Ford To eram produzidas na mesma fábrica, em pequenas linhas de montagem, que se posicionavam nos andares acima da linha principal e convergiam a ela por elevadores.
1926 Model T Assembly line at Highland Park Plant
O resultado disso era visto no relógio. Em 1908, quando o Ford T foi lançado, sua fabricação demorava aproximadamente 12 horas. Seis anos depois, com a produção em massa, levava apenas 93 minutos. Como tempo é dinheiro, o carro custava US$ 850 (ou R$ 42,7 mil em valores atuais) quando lançado, e chegou a ser vendido a US$ 280 (R$ 7,1 mil) poucos anos depois. Até 1927 foram produzidos mais de 15,4 milhões de Ford T.

"O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta." Henry Ford

A velocidade da produção era, talvez, mais importante que a velocidade final do próprio Ford T. No primeiro ano da linha de montagem o chassi era puxado no chão da fábrica por funcionários, por meio de uma corda e um sarilho, enquanto outros operários aguardavam pelo chassi para executar seu trabalho de montagem. No ano seguinte, a linha foi posicionada na altura da cintura, e as cordas foram trocadas por trilhos, otimizando ainda mais o tempo.
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Cada funcionário era responsável por uma fase das 84 etapas distintas. Os primeiros operários da linha fixavam os suportes dos para-lamas à estrutura do chassi. As peças eram intercambiáveis e podiam ser facilmente montadas por operários não qualificados. O motor era instalado na décima etapa. Tratava-se de um 2.9 de quatro cilindros, que gerava modestos 17 cv e levava o Ford T, de apenas 570 kg, aos 75 km/h. De 1908 a 1914 o Ford T era pintado na cor escolhida pelos clientes. Mas a tinta preta era a única com secagem rápida naquela época, e a colocação da carroceria – esta já pintada – era a última etapa da produção. Sem espaço para colocar tantas carrocerias para secar, Ford estabelece ua cor preta como única opção do T a partir de 1915, e assim foi até 1926. Deste período ficou célebre a seguinte frase de Henry Ford: “O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta”.
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henry_ford_T_1921Vendedores da Hyundai-CAOA adaptaram a frase para a linha de importados da marca: “O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta ou prata, ou esteja disposto a pagar mais R$ 5 mil pela cor branca”. Na intenção de ser um carro acessível para as massas, o Ford T tinha uma grande lista de opcionais. Exceto em alguns períodos e para algumas versões, faróis e buzinas eram opcionais. O farol auxiliar do motorista, elétrico, com controle interno, muito útil numa época de má iluminação pública, sempre foi opcional!

Primeiro carro global

Numa época em que a Ford não pensava em compartilhamento de plataformas nem em nenhuma outra estratégia que compõe a estratégia “One Ford”, usada hoje pela marca, o Ford T já era um carro global. O primeiro de todo. Ele chegou a ser produzido nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Argentina, França, Espanha, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Brasil, México e Japão, fazendo uso do conceito de CKD, exportando o carro desmontado em kits, como algumas fabricantes fazem ainda hoje. Ele chegou a ser fabricado em 14 fábricas em todo o mundo.
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