Cada cilindro tem uma bobina geradora de energia em seu corpo
Desde que a indústria passou a apostar em híbridos de alcance estendido penso se é realmente necessário usar um motor normal apenas para gerar energia. O Chevrolet Volt, por exemplo, usa um 1.4 de 86 cv apenas para gerar energia, ainda que tenham provado que existe conexão mecânica com as rodas por meio da transmissão em alguns modos. Mesmo assim, há um motor relativamente grande ali, se comparado com um gerador doméstico só para gerar energia! A Toyota pensou da mesma forma e criou um motor completamente diferente, cujo único propósito é gerar energia, o FPEG, sigla em inglês para motor linear gerador sem pistão. Este “motor sem pistão” nem tem muita coisa de novo, pois os primeiros motores a combustão tinham concepção parecida. Reinventaram uma tecnologia antiga para gerar energia de uma forma mais eficiente e prática. Perceba no desenho que há, sim, um pistão, e ele não está ligado a um virabrequim, mas sim a um magneto. Com o movimento do pistão o magneto percorre uma bobina e daí é gerada a energia. O gerador não deve sofrer tanto com a temperatura pois o ar a ser admitido passa por todo ele. As primeiras unidades do FPEG que a Toyota montou para seus testes gera 13,2 cv e um par deles seria capaz de permitir que um Yaris elétrico mantivesse uma velocidade de cruzeiro de 120 km/h. Ao invés de instalar os dois motores separados a Toyota poderia colocar eles contrapostos, como num motor boxer, para ficar mais fácil de lidar com as vibrações do sistema. Ainda assim, é muito interessante e certamente deve aparecer em algum de seus elétricos no futuro. Fonte | Greencarreports