Adaptações e legislação podem atrasar o lançamento do esportivo
O fato de ser global aproximou a nova geração do Ford Mustang do mercado brasileiro, mas isso ainda não agiliza todo o processo que envolve sua importação. Enquanto Estados Unidos, Canadá e México receberão o esportivo ainda neste ano, e Europa e Austrália no ano que vem, o Brasil será um dos últimos a recebê-lo, provavelmente apenas em 2016. Sua presença no Salão do Automóvel, entretanto, é certa.
Os motivos para o atraso são vários, como adaptar os motores para funcionarem com uma gasolina que contém 25% de álcool, redefinir a suspensão para nossas ruas e adaptar o conteúdo do carro a legislação brasileira, além de ter que preparar seus concessionários para um carro tão diferente e com público específico. Fala-se em algo como 18 meses para concluir todo o processo.
Por aqui o Ford Mustang será um carro de nicho, com preço elevado (hoje estimado em algo entre R$ 230 a R$ 250 mil, afinal ele é mais caro que Camaro nos EUA), mas importante para a imagem da Ford. Nos Estados Unidos o Mustang parte dos 24.425 dólares – 1090 dólares mais caro que o antigo -, o equivalente a R$ 54.200, sem impostos e taxas. Nesta sexta geração o Ford Mustang está mais refinado e sofisticado, e o desenvolvimento global tem peso nisso. O consumidor europeu é mais exigente no que diz respeito a qualidade dos materiais de acabamento e no consumo e emissões dos motores. Não é à toa que por lá o esportivo será oferecido com um motor 2.3 EcoBoost de 314cv e câmbio automático de 10 marchas, em vez do 3.7 V6 de 300cv com câmbio automático de seis marchas.
Mas a versão mais importante e marcante é a GT, com um V8 de 5,0 litros de 426cv e 53,3 kgfm de torque máximo. Esta, provavelmente, será a única versão vendida no Brasil.