Modelo mostra que off-road e eficiência podem andar lado a lado
Para recuperar sua imagem no cenário mundial após o escândalo das fraudes dos motores a diesel, a Volkswagen aposta na nova geração do Tiguan. Previsto para estrear em 2017 nos Estados Unidos, o modelo está sendo antecipado, no Salão de Detroit, pelo conceito GTE Active, que mistura visual lameiro e propulsão híbrida de alta eficiência.
Por fora, os grandes pneus e a aparência robusta dos para-choques enganam: o Tiguan GTE Active não quer ser mais um SUV grandalhão e beberrão. Pelo contrário, o utilitário quer mostrar como é possível unir, com sucesso, boas credenciais off-road e alta eficiência energética. Mais do que isso, a tecnologia também é um dos pontos-chave do modelo. O conceito é o segundo equipado com a central multimídia com comandos controlados por gestos que deverá estrear ainda este ano no Golf, bem como o quadro de instrumentos totalmente digital.
O grande argumento do modelo, no entanto, está em seu conjunto mecânico. O híbrido plug-in combina um motor turbo a combustão de 147cv de potência com outros dois elétricos, um dianteiro com 54cv e um traseiro com 114cv. Somados, os motores levam o SUV de 0 a 100 km/h em aproximados 6,5 segundos. A velocidade máxima é de 113 km/h em modo elétrico e de 193 km/h quando todos os motores estão em atuação. A transmissão é automática de dupla embreagem e seis marchas.
De acordo com a fabricante, o conceito é capaz de percorrer até 933 km sem abastecer – isso quando estiver todos os motores. Somente com os elétricos, a autonomia cai para apenas 32 km, números ainda tímidos. A tração 4Motion é integral, mas não permanente, permitindo que o motorista selecione a opção de tração traseira quando for conveniente.