Motores passam a ter designação baseada em seu desempenho
Com o downsizing de motores, ao invés de usar vários motores de tamanho diferente, um mesmo carro pode ter um mesmo motor com vários níveis de potência, graças a troca de alguns componentes e a programação da injeção direta. Audi e Volkswagen se viram diante de um dilema para passar ao consumidor que, por exemplo, um motor 2.0 pode ter de 200 a 280 cavalos. A saída? Usar coeficientes complexos baseados no desempenho e na aceleração conseguida com o motor.
A estreia das novas nomenclaturas foi em mercados da Ásia: primeiro no Oriente Médio, na China e na Índia, no caso da Audi e, no caso da Volkswagen, na China. Tudo começou pelo Audi A3 Sedan, que tem motores identificados por dois dígitos, baseados na potência e na aceleração do carro com este motor e obtidos por um cálculo complexo que a fabricante não revela.
Desta forma, o A3 com motor 2.0 TDI passa a se chamar 35 TDI, enquanto o 1.8 TFSI é tratado como 40 TFSI. No caso de motores com o mesmo deslocamento, a equação faz ainda mais sentido e o Audi A4 é um bom exemplo disso: o 2.0 TFSI de 178cv passa a ser o 35 TFSI, enquanto o de 208cv chama-se 40 TFSI.
Na Volkswagen o cálculo é diferente e resulta em três números. A estreia acontece no novo Passat chinês, que teve o “2.0 TSI” rebatizado como “380 TSI”, e o 1.4 TSI renomado para “280 TSI”.
Por enquanto, apenas a Audi fala em levar esta nomenclatura para o resto do mundo.