Mais leve e bonito, chega às lojas dos EUA no segundo semestre
A Chevrolet não esperou o início do Salão de Detroit, agendado para a próxima segunda-feira, para apresentar a nova geração do Chevrolet Cruze hatch. Pela primeira vez o hatch será vendido nos Estados Unidos, aproveitando o sucesso do sedã e o crescimento de 9% deste segmento em 2015. A seu favor, tem uma série de recursos tecnológicos e uma das traseiras mais belas entre os hatches médios da atualidade.
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Como o nov sedã tem perfil mais esportivo, com queda acentuada do teto, o hatch é idêntico a ele até o fim das portas traseiras. Em outras palavras, tem os mesmos faróis afilados e com LEDs que se estendem em direção as laterais, além de um “bocão” para a tomada de ar inferior. O entre-eixos também não muda em relação ao sedã: são 2,70m, 2cm a mais que a geração anterior.
A evolução das linhas da traseira é notável. Ao invés das grandes lanternas da geração atual, tem conjunto com luzes estreitas, com metade delas na tampa do porta-malas. O para-choque tem um plástico preto simulando extrator que também interliga os refletores. E o mais interessante é a capacidade do porta-malas: são 524l (que pode chegar a 1.189l com os bancos rebatidos). Para efeito de comparação, o sedã vendido no Brasil hoje tem 450l.
Por trás desta evolução está a nova plataforma D2XX, que sozinha torna o modelo 45kg mais leve. O novo motor 1.4 turbo elimina outros 20kg. É uma versão atualizada do que usam hoje no sedã vendido nos Estados Unidos, com 154cv a 5.600rpm e 24,2kgfm entre 2.000rpm e 4.000rpm, e ainda ganhou sistema start-stop. Ao todo, a redução de peso foi de 91kg.
No que diz respeito a suspensão, o modelo tem conjunto McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Só a versão Premier, a mais cara, tem conjunto traseiro Z-Link, um eixo de torção evoluído com dois braços estabilizadores extras presos em estrutura própria. Acha inovador? Este sistema está em todos os Cruze hatch vendidos no Brasil hoje. É torcer para que não perca isso por aqui…
Esta versão Premier também é a mais recheada. Tem rodas arp 18″, spoilers dianteiros e traseiros, nova central multimídia MyLink com Apple CarPlay, Android Auto e hotspot wi-fi 4G, assistente de mudança de faixa, alerta de pontos cegos e de tráfego traseiro, sensor de ré e, como opcional, o “Teen Driver”, que mostra como seus filhos estão dirigindo. Nas palavras da Chevrolet, Civic, Focus e Elantra não oferecem nenhuma destas tecnologias.
E no Brasil?
A última atualização diz respeito ao sedã, que será fabricado na Argentina. A fábrica de Rosário entrou em recesso no Natal e só voltará a produzir fevereiro. No retorno, já produzirá a nova geração do Cruze sedã, segundo sindicalistas locais. Deste momento até o lançamento levará cerca de dois meses e, considerando o tempo que se leva para importação, é possível que a nova geração do sedã desembarque no Brasil em maio, três meses depois.
E isso é rápido: as primeiras unidades vendidas nos Estados Unidos só serão entregues em março. No caso do hatch, as entregas começarão entre julho e setembro. Por aqui, com sorte, veremos ele pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro.
O motor será outro. Sai de cena o 1.8 de 144cv e chega um 1.5 turbo que pode render até 160cv, também combinado a um câmbio automático de seis marchas. Só não espere por câmbio manual no Brasil, onde o Cruze já perdeu esta opção.