Peço desculpas antecipadas pela confusão que isso pode causar na sua cabeça, mas não é fácil explicar que o nosso Ford Ka hatch está chegando à Europa como Ka+, mesmo nome da versão sedã do compacto por aqui (que poderia ser chamada apenas de Ka Sedan, né Ford?). Há uma linha de pensamento que pode lhe ajudar a entender isso: se por aqui o “+” representa o terceiro volume, o porta-malas maior, podemos dizer que por lá o nome está relacionado a refinamento e equipamentos que não vemos nas unidades fabricadas em Camaçari, na Bahia.
Diferenças no design são pequenas. Além das rodas, tem a grade filetada do nosso Ka Sedan e para-choque traseiro com a parte inferior e o rebaixo da placa em plástico sem pintura. Isso basta para deixar o Ka algo mais refinado em um primeiro olhar, mas não basta…
Representa uma grande evolução frente ao antigo Ka europeu, que não passava de um Fiat 500 um pouco mais alto, com emblemas da Ford e instrumentos de Palio velho (é sério). Tem sempre quatro portas e porta-malas honesto, com 270 L de capacidade. A vida dele ficará ainda mais fácil com a nova geração do Fiesta, maior e mais sofisticada, prevista para o ano que vem.
Mesmo com posicionamento abaixo do Festa em preço (partirá dos 9.990 euros na Alemanha, algo como R$ 38.500), terá equipamentos que por aqui só vemos no Fiesta. É o caso do ar-condicionado automático (embora até o manual seja opcional) e do piloto automático opcional. De série, todos têm seis airbags e controles de estabilidade e tração. Além disso, a versão mais cara terá rodas de 15 de liga leve aro 15″, vidros elétricos traseiros, espelhos retrovisores aquecidos e elétricos, e sensores de estacionamento traseiros.
O motor será sempre um 1.2 Duratec, oferecido em versões de 70 e 85 cv de potência, sempre com câmbio manual de cinco marchas. O consumo combinado no regime europeu prometido pela Ford é de 20 km/l.