Seja intencional ou por acidente, perder a traseira pode ser fatal
Nem o sol, nem o mar, nem o brilho das estrelas: tudo isso não tem valor sem ter vocês, caros leitores que nos visitam semana após semana. A Pergunta da Semana vai, desta vez, em homenagem aos moradores da Escandinávia, segundo lugar mais frio do mundo – O primeiro é Curitiba, de acordo com a internet e vizinhanças. Bom, os escandinavos são mestres em controlar o carro nas ruas cheias de neve e, por isso, com baixa aderência. Basicamente, a sua avó lá teria um Volvo e faria drift indo comprar carne de alce. Não é sensacional?
Falando em drift, como é lindo aquele ballet, não é mesmo? Vários carros de tração traseira no limite da aderência, andando de lado de uma forma que a física não permite de acordo com o postulado de Galvão Bueno. Mesmo aquela escorregadela eventual, fruto de um lift-off (tirar o pé do acelerador repentinamente com o carro apoiando-se na curva) ou de um clutch kick (pisar rapidamente na embreagem na mesma situação), não é sensacional? Sem contar os mestres que conseguem desgarrar – e assim manter – a traseira dos carros de tração dianteira e integral. Sangue frio e habilidade são, definitivamente necessários.
Aí você diz: “põe o pé no chão, praga! Isso aqui não é o Japão, cheio de carros, peças e meios de fazer esse tipo de arte”. Verdade, mas venho por meio deste lembrar-vos que em terra de rei, quem tem um olho é…pera, espera. Bom, temos Chevettes e vários importados que podem ser base de várias máquinas de tirar sorriso de criança da cara de muito marmanjo. Mas, ainda assim, é sensivelmente caro para o brasileiro comum. Daí, vem a minha primeira indagação: de alguma forma, você já brincou de soltar a traseira do seu carro, andar de lado de forma controlada e tudo mais? Como, quando, com qual carro? Diga-nos: é disso que o povo gosta.
Entretanto, nem tudo são flores. Milhares de mortes ocorrem a cada ano – embora com índices decrescentes, felizmente – por imperícia de condutores que, confrontados com o sobre-esterço, tomam decisões erradas e acabam por criar um cenário catastrófico. O contra-esterço configura pelo drift “involuntário”: o carro vira mais do que deveria, a frente aponta para o centro da trajetória curvilínea e, dado esse quadro, o condutor não sabe sair: vira, por inúmeras vezes, alvo dos veículos que vêem no sentido contrário e o pior acontece. Na grande maioria das vezes, o sobre-esterço é vencido com o contra-esterço, que consiste em virar o volante para o lado de fora da curva e acelerar de forma moderada para, com o veículo estabilizado, baixar a velocidade.
Daí vem a segunda pergunta do nosso quadro semanal: você, de alguma forma, já foi vítima da famosa “traseirada”? Soube sair da situação? Vamos, compartilhe sua experiência conosco logo abaixo!
E até a próxima!