O segmento dos utilitários parece inabalável diante da crise, não somente no Brasil, mas no mercado global. De olho nisso, a Volkswagen quer aumentar sua linha de SUVs. A nova investida será um modelo baseado na Amarok. Quem confirmou a informação foi Carlos Santos, diretor comercial de veículos da marca alemã, ao site Motoring, da Austrália.
Ainda de acordo com o executivo, o projeto não estava confirmado, mas seu desenvolvimento seguia desde a concepção da Amarok. O modelo terá capacidade para até sete passageiros e vai encarar concorrentes como Toyota Prado e Ford Everest.
Caso seja confirmado, o motor deverá ser o 3.0 V6 Diesel usado pelo Touareg e pelo Porsche Cayenne. Este motor já é utilizado na Amarok 2017 na Europa, e há a expectativa de que equipe a caminhonete no Brasil ainda neste ano. No velho continente, o motor tem três configurações de potência. São 163, 204 e 224 cv e torque de 56,1 kgfm de torque na versão mais potente. Este propulsor deve aposentar o atual 2.0, que fez parte do escândalo chamado de “dieselgate”.
Fraude em emissões
A Amarok com o 2.0 da família EA-189 foi o único modelo da Volkswagen vendido no Brasil que está envolvido no caso Dieselgate. O escândalo revelou que era possível mudar o modo de funcionamento dos motores, visando fraudar testes de emissões. Devido às mais de 17 mil unidades da picape vendidas no Brasil com o propulsor, o Ibama multou a fabricante alemã em R$ 50 milhões.
Na época, Martin Winterkorn, então presidente da VW, entregou o cargo após a descoberta de fraude. “Estou consternado pelos acontecimentos dos últimos dias. Estou chocado com o fato de que condutas impróprias tenham ocorrido em tal escala dentro Grupo Volkswagen”, disse em um comunicado.