O novo Mégane RS chegou com uma importante surpresa. O motor não é um 2.0 turbo, mas sim o 1.8 turbo que equipa o Alpine A110. São 280 cv e 39,8 kgfm que podem ser combinados com transmissão manual ou automática de dupla embreagem EDC, ambas com seis marchas.
Durante a longa temporada de rumores envolvendo o RS, especulou-se que não haveria opção de câmbio manual. A Renault, no entanto, manteve a opção que agrada aos puristas, mas mostra que o caminho é outro: afirma que a transmissão EDC é tão rápida que deve conquistar amantes da alavanca manual. Ao menos no teste de 0 a 100 km/h, apenas o câmbio EDC consegue tempo menor que seis segundos.
Há duas opções de chassi, Sport e Cup. Ambas possuem esterçamento nas quatro rodas, mas somente a Cup tem diferencial de deslizamento limitado. Há quatro modos de direção pré-programados: Comfort, Normal, Sport e Race. Um quinto modo “Perso” pode ser personalizado pelo motorista. A seleção é feita pela tela no console central, mas o botão “R.S. Drive” serve como atalho: clique para modo Sport, segure para modo Race.
A carroceria da nova geração do Mégane é maior. No R.S., há ainda para-lamas alargados em 60 mm na frente e 45 mm na traseira. Os faróis de neblina são estilizados lembrando uma bandeira quadriculada. As rodas são de 18 ou 19 polegadas e há um difusor traseiro que quase elimina a força de sustentação em altas velocidades.
O interior apresenta bancos com apoios mais pronunciados, detalhes em vermelho, logotipo “R.S.” no volante e apliques em alumínio na alavanca de câmbio e pedais.
Este ainda não será o carro que tentará tirar o trono do Civic Type R em Nurburgring. Ao final de 2018 a versão Trophy será lançada, com 300 cv e o chassi Cup. As vendas do Mégane RS iniciam ainda neste ano, na Europa.