A Nissan confirmou a comercialização do elétrico Lead durante o Nissan Futures, evento sobre mobilidade que aconteceu em São Paulo na última sexta (9). O carro chegará no primeiro semestre de 2019. Antes disso, porém, a marca começará testes com o Note e-Power por aqui.
Os executivos da marca japonesa, contudo, não falaram em preços para o Leaf. Até porque a Nissan ainda aguarda melhores definições sobre a legislação brasileira em torno do carro elétrico.
“A eletrificação veio para ficar e o Leaf tem seu espaço no Brasil. Mas a questão dos impostos é fundamental para definir o mercado para o elétrico. Pelo menos 7% de IPI seria o coerente”, defendeu o presidente da Nissan Brasil, Marco Silva.
Outros entraves aos veículos elétricos no país, como postos de recarga e infraestrutura da rede elétrica de domicílios e empresas, também estão na pauta de ações da Nissan para viabilizar o Leaf no País.
“Atuamos em três áreas de integração. Estamos falando com distribuidoras de energia, parceiros e governos locais para integrar os carros à sociedade”, adiantou o diretor de Marketing da Nissan para a América Latina, Juan Manuel Hoyos.
A experiência de testes com o Leaf de primeira geração como táxis no Rio e em São Paulo também auxiliam na estratégia para lançamento do modelo no Brasil.
“Tivemos um retorno importante, com informações de dirigibilidade e durabilidade sob uso intensivo. Em outros países o Leaf é usado para ir e vir. Nesse caso foi Usado como ferramenta de trabalho”, valorizou Silva.
Testes com o sistema e-Power
O executivo também adiantou que outras tecnologias de eletrificação estão em testes no Brasil. Uma delas é o e-Power, sistema que já equipa o Note no Japão. Lá, se tornou um sucesso de vendas ao combinar um motor 1.2 a gasolina apenas para carregar a bateria do motor elétrico – segundo a Nissan, o motor a combustão não traciona as rodas.
O Note e-Power virá para testes no Brasil ainda neste primeiro semestre de 2018. Aqui, a tecnologia poderia estrear em algum modelo compacto da marca, como o March. Mas um uso combinado de motor flex para carregar o elétrico no futuro é, ainda, prematuro e dependerá de outros fatores.
“O e-Power é uma tecnologia que vamos estudar para o País. E o etanol ê uma tecnologia nossa. Tudo é questão de fazer sentido, economicamente falando. Se for para fazer investimento em algo único para o País e com volume baixo, talvez não seja viável”, ponderou o presidente da Nissan.