Avaliação – Câmbio CVT empresta mais conforto no rodar e eficiência ao Renault Captur Intense

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A Renault esperava dias melhores para o estiloso Captur depois da chegada do CVT, em junho de 2017. As vendas não aumentaram significativamente com a opção do câmbio, mas, mesmo assim, o cliente agradece. A versão Intense SCe X-Tronic avaliada supera em conforto e eficiência até mesmo a topo de linha.

E é esta configuração intermediária que faz a diferença na linha. Senão aumentou as vendas como se imaginava, os modelos com caixa continuamente variável garantem a média de 1.200 unidades comercializadas. Seis em cada 10 Captur saem das concessionárias com CVT.

Segundo o Inmetro, as médias com etanol ficam em 7,3 km/l e 8,1 km/l, e em 10,5 km/l e 11,7 km/l, com gasolina. O Captur 1.6 manual tem respectivos 7,6 km/l e 8,0 km/l. O consumo é melhor em estrada do que na cidade, justamente onde o câmbio continuamente variável fica mais confuso.

Em situações de subida e de retomadas, é o CVT sendo… CVT. A caixa segura as rotações lá no alto até desenvolver novamente conforme sua investida no pedal do acelerador. Incomoda, mas em situações normais o comportamento linear é garantia de uma condução sem trancos.

O câmbio X-Tronic é projeto Nissan e usado no Kicks. Porém, este motor 1.6 16V tem 6 cv a mais com álcool (4 cv a mais com gasolina) e neste Renault há opção de seis marchas simuladas que podem selecionadas sequencialmente na alavanca.

Na serra, funciona bem e permite mais interação do motorista com o carro. E faz com que você não tenha de aturar aqueles giros aos berros.

Em situações de velocidade de cruzeiro o Captur CVT vai bem e se destaca pelo conforto. A 110 km/h permitidos na estrada, o conta-giros fica abaixo das 3.000 rpm e o isolamento acústico se mostra eficiente.

A suspensão dianteira McPherson sente mais os buracos que a traseira por eixo de torção. Nas curvas, o SUV torce a carroceria um pouco além do desejável.

O grande chamariz do modelo, contudo, está mesmo no desenho, cheio de vincos, saliências e com ares de cupê. Que beneficia, ainda, a dirigibilidade. O capô curto e abaulado garante ótima visão frontal ao motorista.

A posição de dirigir, por sinal, é ótima. O motorista fica elevado, com todos os comandos ao alcance das mãos, e o volante tem boa pegada – apesar do ajuste de altura limitado. O espaço é agradável para quatro passageiros adultos mais uma criança.

O acabamento que poderia falar a mesma língua da proposta estética ousada e elegante do Captur. Os plásticos usados denotam simplicidade demais para um SUV de R$ 89.950. Mas, calma: neste quesito o modelo está anos-luz à frente do seu parceiro de vitrine, o Duster.

Em equipamentos, também. A versão Intense tem itens de segurança bastante satisfatórios. São quatro airbags, além de controles de estabilidade e de tração, assistente à partida em rampas, câmera e sensores de ré, Isofix e regulagem de altura dos faróis.

O ar-condicionado é automático e a abertura da porta é por meio de sensor na chave. A central Media NAV com tela de 7” traz GPS com informações de trânsito em tempo real e comandos por voz.

Completam o pacote o trio elétrico, banco do motorista com ajuste de altura, retrovisores rebatíveis eletricamente, luzes diurnas, faróis de neblina, rodas de liga leve, entre outros. Os freios a tambor na traseira depõem contra para um modelo desta categoria.

Basicamente é o mesmo pacote do Captur topo de linha, o Intense com motor 2.0 e caixa automática de quatro marchas, que custa R$ 93.650, R$ 3.700 mais caro. Mas o modelo menos potente torna-se uma compra mais interessante. Com essa diferença você ainda pode pagar R$ 1.500 pelos bancos de couro e ainda sobra um troco.

Se precisa de outro argumento, tem o pós-venda, que impressiona no caso do Captur. O 1.6 CVT vai cobrar R$ 2.992 nas seis revisões até 60.000 km com preço fixo – só R$ 10 a mais que o Kicks, que é o SUV compacto com as visitas à revenda mais baratas do pedaço. Com o Captur 2.0, a conta fica pouco mais salgada: R$ 3.294.

Ficha técnica – Renault Captur Intense 1.6 X-Tronic

Preço: R$ 89.950,00
Motor: flex, 1.597 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e variação na admissão
Potência: 118 cv (g) e 120 cv (a) a 5.500 rpm
Torque máximo: 17,2 kgfm (g/a) a 4.000 rpm
Transmissão: câmbio automático do tipo continuamente variável com seis marchas simuladas e tração dianteira
Freios: a disco ventilado na dianteira e a tambor na traseira
Suspensões: McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Peso: 1.286 kg
Carga útil: 449 kg
Comprimento: 4,32 m
Entre-eixos: 2,67 m
Largura: 1,81 m
Altura: 1,61 m
Porta-malas: 437 litros
0 a 100 km/h: 14,5 s (g) e 13,1 s (a)
Consumo: 10,5 km/l (c) e 11,7 km/l (e) com gasolina e 7,3 km/l (c) e 8,1 km/l (e), com álcool
Revisões: R$ 471,89 (10.000 km), R$ 471,89 (20.000 km), R$ 471,89 (30.000 km), R$ 633,45 (40.000 km), R$ 471,89 (50.000 km) e R$ R$ 471,89 (60.000 km)

Fotos: Rodolfo Buhrer / La Imagem / Divulgação Renault

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