Entidade projeta leve queda no dólar neste ano
A Abeifa divulgou nesta quinta-feira, 14, os resultados de suas associadas em 2020.
Apesar da pandemia que prejudicou toda a indústria automotiva, a queda de 12,7% sobre 2019 foi abaixo da projeção feita para o ano passado, que era de retração de 15%.
Em 2020, as 15 marcas associadas emplacaram 59 mil unidades.
Hoje, quatro associadas da Abeifa produzem carros no Brasil: Caoa Chery, BMW, Land Rover e Suzuki.
No ano passado, a entidade registrou uma inédita inversão no volume de vendas, já que os veículos feitos no país superaram os emplacamentos de importados: foram 31.646 unidades contra 27.421 unidades.
No caso dos importados, este total deverá representar alta de 9,4% frente ao número de 2020, enquanto a venda dos nacionais será 20% maior.
Caoa Chery se destaca
Entre todas as associadas, Caoa Chery e BMW tiveram crescimento mesmo em meio ao cenário desfavorável de 2020. A primeira teve alta de 0,1% nas vendas, enquanto a segunda cresceu 6,2%.
A empresa comandada pelo grupo Caoa, porém, foi líder entre as 15 marcas, registrando 34% de participação.
“A Caoa Chery apresentou estabilidade no volume de produção, praticamente zerando suas perdas no ano e isso mostra o quanto a empresa poderia ter avançado ainda mais se não fosse os efeitos da pandemia”, afirmou João Oliveira, presidente da Abeifa.
Considerando apenas os emplacamentos de veículos importados, a Volvo liderou o ranking da Abeifa em 2020, com participação de 28,1%. A Kia fechou o ano na segunda posição, com 21,8%, seguida pela BMW, que com sua gama de importados, respondeu por 13,1%.
Previsões para 2021
A Abeifa reconhece que o aumento do ICMS anunciado no estado de São Paulo pode afetar fortemente o volume de negócios.
Apesar do cenário ainda desfavorável, a estimativa é de crescimento. Para este ano, a expectativa é crescer 15% e chegar a 68 mil veículos emplacados. Deste volume, 38 mil veículos seriam de “nacionais”1 e 30 mil de importados.
“Existe uma tendência à melhoria do ambiente de negócios, então estamos, de certa forma, otimistas”, afirmou João.
A entidade projeta uma sensível melhora na situação cambiável. A projeção é de que o dólar caia da média de R$ 5,16 registrada em 2020 para R$ 5,10.