Associação das concessionárias diz que juros baixos ajudaram a amenizar reflexos da pandemia.
A Fenabrave divulgou nesta terça-feira (5) o resultado da venda de veículos no Brasil em 2020.
Mesmo com uma queda de 26,6% entre carros e comerciais leves, a associação das concessionárias “comemorou” uma retração menor do que o esperado no início da pandemia do coronavírus.
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No início do ano, alguns especialistas chegaram a projetar tombo de 50% na venda de carros. Aos poucos, a recuperação se mostrou mais rápida do que o esperado, e a queda foi atenuada.
No total, foram emplacados 1.950.889 carros e comerciais leves, contra 2.658.692 em 2019.
Dezembro ainda foi o mês com o melhor resultado ao longo do ano de 2020 inteiro. Foram 232.814 unidades vendidas, apenas 2% menos do que no mesmo mês de 2019 (251.775).
“Os principais fatores que influenciaram nessa melhora, principalmente, a partir do segundo semestre, foram a manutenção da taxa de juros, em um patamar baixo e o Auxílio Emergencial”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Outros segmentos
Entre os veículos comerciais, os caminhões tiveram queda de 12,3%, com 89.207 unidades vendidas, contra 101.733 em 2019.
A venda de ônibus foi a que mais caiu em 2020. A redução nas vendas foi de 36,3%, com pouco mais de 18 mil exemplares emplacados, ante 27,1 mil em 2019.
“O segmento de ônibus foi o mais impactado nesta pandemia. As empresas de transporte de passageiros, os fretamentos, entre outros, sofreram muito com a queda em seu faturamento”, disse Assumpção.
Por outro lado, o segmento que menos sofreu com a pandemia foi o das motos.
As vendas ficaram abaixo de 1 milhão de unidades (foram 915.502), 15% menos do que as 1,07 milhão de motos vendidas em 2019.
Uma das explicações para uma queda menos representativa seja a maior demanda por serviços de entrega, fortemente impulsionada pela pandemia.
Projeções 2021
Para o ano que acabou de começar, a Fenabrave aposta na recuperação do mercado. Porém, as previsões são de que as vendas ainda serão menores do que em 2019, o último ano pré-pandemia.
Veja abaixo as projeções por segmento:
- automóveis e comerciais leves: 15,8%
- motos: 17,6%
- caminhões: 21,7%
- ônibus: 8,2%