Todo 1º de maio é uma data triste para os fãs de automobilismo no mundo inteiro. Há 27 anos, Ayrton Senna da Silva faleceu após um forte acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, realizado em Ímola.
Além das saudades, Ayrton deixou um legado muito importante para as gerações subsequentes. Prova disso é o trabalho realizado pelo Instituto Ayrton Senna, que educa crianças carentes e forma cidadãos mais responsáveis.
Senna também deixou sua marca na indústria automotiva de uma maneira muito importante. Afinal, foi ele o responsável por trazer a Audi para o Brasil.
Meta: 100 carros por mês
Até então uma marca quase desconhecida no país, a Audi desembarcou por aqui em 1994. O tricampeão mundial de Fórmula 1 criou uma empresa especialmente para trazer os carros para cá, a Senna Import. Seu irmão Leonardo também era um dos sócios da empresa.
“Os carros da Audi sempre me agradaram pelo design elegante e pela esportividade. Com acabamento de alta qualidade e tecnologia de ponta, esses carros alemães têm tudo para agradar o consumidor brasileiro que pouco conhece o potencial da marca”, disse Ayrton, antes de embarcar para Ingolstadt (Alemanha), em novembro de 1993 para assinatura do contrato com a empresa.
Na época, o objetivo era vender 100 unidades por mês. Inicialmente, Ayrton trouxe os modelos 80 e 100. Nos anos seguintes a oferta cresceria com outros ícones da marca, como o cupê TT e a lendária RS2 Avant.
Audi e Senna: vínculos eternos
A parceria entre Audi e Senna durou até 2005, quando a Audi AG assumiu as operações no Brasil. Antes disso, em 1999, a empresa já havia decidido fabricar o A3 na planta de São José dos Pinhais (PR), onde dividia as operações com a Volkswagen.
Mesmo depois do término do contrato, a Audi manteve relações estreitas com a família do tricampeão. No final de 2015, a Audi personalizou o primeiro A3 Sedan nacional em alusão a Ayrton, com projeto do famoso artista Eduardo Kobra.
Recentemente, durante o lançamento do novo A4, a empresa exibiu o raro sedã S2 com o qual Ayrton realizou testes com a imprensa especializada. O carro está nas mãos de um colecionador, que, até então, sequer sabia do passado de glórias de seu carro.