Cabine mais baixa foi desenvolvida para atender ao mercado local, mas acabou exportada para a matriz.
A orgulhosa filial brasileira da Mercedes-Benz anunciou nesta terça-feira (26) que as vendas do Actros F foram abertas em 24 países da Europa.
A notícia, que pode parecer distante do Brasil, podia passar despercebida por aqui, se não fosse por um detalhe.
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O Mercedes-Benz Actros F é o primeiro modelo a ser vendido na Europa cujo desenvolvimento teve participação da engenharia brasileira.
No caso do extrapesado, coube ao time sediado em São Bernardo do Campo, criar a cabine – a mesma do Actros vendido no Brasil desde o final de 2019.
A diferença do modelo europeu para o brasileiro está na cara – literalmente. O modelo criado para as nossas estradas é 16,5 cm mais baixo. Até por isso, sua grade frontal tem uma fileira a menos (4, contra 5 do europeu).
A matriz da Mercedes-Benz percebeu que poderia oferecer uma versão “de entrada” do novo Actros no continente, e aproveitou o trabalho dos engenheiros brasileiros para desenvolver a solução.
Segundo a Mercedes, a altura inferior ajuda também na economia de combustível, com uma redução da área frontal e a resistência ao vento.
“Nas estradas brasileiras, essa solução resulta em até 1% de redução no consumo de diesel. Isso significa, por exemplo, uma economia de até R$ 500 mil por ano numa frota de 200 caminhões no nosso país”, disse Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
Leoncini ainda afirma que o Actros F poderá atuar em um segmento em que o Actros europeu “convencional” não consegue.
“Essa dimensão de cabina permite atender clientes que operam com restrição de altura do veículo em suas atividades de transporte”, completa.
A produção do Mercedes-Benz Actros F começa na Alemanha no próximo mês de abril.
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