Não há como contestar o sucesso do Jeep Renegade. Lançado em 2015, ele rapidamente virou um fenômeno de vendas no Brasil. Assumiu a liderança dos SUVs compactos e, mesmo sendo destronado, segue brigando pelo topo.
É sabido, porém, que o Renegade está prestes a mudar. Além de retoques no design, ele ganhará uma nova motorização. Ainda não há definição, mas a tendência é que a Jeep opte pelo Firefly 1.0 turbo.
Diante disso, será que vale a pena comprar um Jeep Renegade agora? Ou seria melhor esperar pelo novo? Descubra a resposta a seguir na nossa avaliação!
Design ainda agrada
Desde seu lançamento, o Renegade teve uma leve reestilização em 2017. E foi só. Mesmo assim, o SUV ainda é atual.
Muita gente escolhe o Jeep por conta do estilo. As linhas inspiradas no clássico Willys são cheias de personalidade. Na frente, as sete fendas verticais fazem com que o Renegade seja imediatamente identificado.
Os faróis redondos foram levemente reposicionados na atualização de 2017 e ganharam iluminação do tipo full LED nas versões mais caras – como nesta Limited.
Sobram elementos marcantes de estilo pelo carro. As colunas “A” bem grossas (que prejudicam a visibilidade em manobras) e as icônicas lanternas quadradas são alguns deles.
A cabine também segue atual. Surpreende o ótimo nível de acabamento com plásticos de boa qualidade e do tipo “soft touch”. Destaque para o prático porta-objetos na base do banco do passageiro dianteiro. Lá dá para deixar o manual do proprietário ou objetos mais valiosos.
O espaço interno é apenas bom, especialmente no banco de trás. O mesmo acontece com o porta-malas de 320 litros – mesma capacidade de um hatch como o Renault Sandero e bem abaixo de alguns rivais.
Vem, turbo!
Todas as versões flex do Renegade trazem o mesmo motor. É um 1.8 e.torQ de 139 cv/135 cv e 19,2 kgfm/18,7 kgfm de torque máximo. Na versão Limited, a transmissão é automática de seis marchas.
Apesar de ser suficiente para a vida urbana, a motorização de 1,8 litro perde fôlego na estrada. E a culpa não é só do motor: possivelmente para privilegiar o consumo de combustível, o casamento com o câmbio automático não prioriza desempenho e está longe de ser dos melhores.
É por isso que ultrapassagens devem ser feitas com cautela pela lentidão do SUV de 1.527 kg nas acelerações. Os números de consumo também poderiam ser melhores.
Segundo o Inmetro, o Renegade flex faz 6,4 km/l na cidade e 8 km/l na estrada com etanol no tanque. Caso esteja com gasolina, as médias são de 9,4 km/l e 11 km/l, respectivamente.
Por todas essas razões é que a gente espera ansiosamente pela chegada do motor turbo.
Bem equipado
A versão Limited é a mais completa da gama flex. E a mais cara também: o preço sugerido é de R$ 130.691 em São Paulo (em março de 2021).
Em troca o Jeep Renegade Limited oferece uma generosa lista de equipamentos.
Há 7 airbags, acendimento automático dos faróis, assistente de partida em rampas, controles de estabilidade e de tração, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, destravamento das portas sem chave, faróis full LED, freio de estacionamento elétrico, partida do motor por botão, piloto automático, rodas de liga leve de 19 polegadas, sensores de estacionamento traseiros, sensor de chuva e teto solar panorâmico.
A bonita central multimídia UConnect traz tela tátil de 8,4 polegadas. Além de fácil de utilizar, ela oferece suporte a Android Auto e Apple CarPlay. Falta apenas a função de espelhamento sem fio, como presente na Fiat Strada.
Como opcionais, o Jeep Renegade Limited tem o Pack Protection por R$ 743 (protetor de cárter, para-barro dianteiro e traseiro, parafusos antifurto nas rodas e badge Jeep Authentic Accessories) e bancos revestidos em couro ecológico na bela cor marrom (R$ 1.261).
Vale a pena?
Comprar um Renegade é certeza de bom negócio. A ampla rede autorizada e a liquidez no mercado de seminovos deixam qualquer dono despreocupado. E com o Jeep Renegade Limited não seria diferente.
Independente da versão escolhida, se você não tiver pressa para trocar de carro, vale a pena esperar pela chegada do motor turboflex. Mais moderno e econômico, ele promete resolver uma das maiores deficiências do atual 1.8 flex: o desempenho.
