Modelo ainda estreia novo visual em todas as versões, exceto na Vivace
Com visual atualizado, o Fiat Uno 2015 terá seu lançamento oficial do na próxima semana, mas a Fiat já antecipa a principal novidade do modelo, que é o sistema start-stop. Sim, aquele que desliga o motor quando o carro fica muito tempo parado, no intuito de economizar combustível. A Fiat fala na redução de até 20% no consumo, pena que será um equipamento restrito a apenas uma versão.
O sistema foi criado pela Toyota nos anos 70 e hoje é comum em carros de luxo. No Fiat Uno o start-stop só estará disponível na versão Evolution 1.4, que substitui o Uno Economy na estrutura de versões do compacto. O motor é exatamente o mesmo 1.4 8v EVO Flex que gera até 88cv, mas há alterações na parte elétrica: o alternador é mais potente, de 120 ampères, o motor de arranque que aguenta até 340 mil ciclos (seis vezes mais que o convencional) e a bateria é capaz de regenerar sua carga mais rápido. Na prática, o custo da tecnologia é de cerca de R$ 800. O preço do primeiro nacional com start-stop deverá girar em torno dos R$ 33 mil. A atuação depende de um sistema computadorizado, que desliga o motor instantes depois de parar o carro, dependendo da pressão exercida no freio. O motor religa sob demanda da embreagem, antes mesmo que o pedal chegue ao final de seu curso. Caso o carro se mova (em ladeira, por exemplo), o pedal de freio seja pressionado até o servofreio perder seu vácuo, o motor é religado ou o tempo de espera passe de 165s com o ar-condicionado desligado ou 60s com o ar ligado o motor também será religado. O start-stop ainda pode ser desativado pelo motorista ou por seu próprio sistema, que interpreta carga de bateria e outras situações na qual é conveniente manter o start-stop desligado, como quando com o capô aberto.
Carinha nova
Visualmente, as mudanças no Uno parecem discretas. Os faróis ficaram mais estreitos e compridos, o para-choque mudou, com faróis de neblina em posição mais elevada e tomada de ar inferior menor, graças às nova tomada de ar central dividida em três. A grade falsa, onde ficam os três quadradinhos clássicos do Uno, agora é pintada em preto brilhante (pra que?!). Na traseira a novidade fica por conta das lanternas com elementos internos quadriculados – lembra do “round square”, tão difundido há quatro anos? – e do para-choque, com a placa posicionada em uma peça com os refletores.
É no interior onde estão as alterações mais notáveis. O acabamento e as linhas parecem ter recebido maior atenção por parte da Fiat. De frente para o motorista está um novo quadro de instrumentos com telinha colorida ao centro e o novo volante, com botões emprestados pela Chrysler. O console central ficou mais alto, e as saídas de ar condicionado foram para o canto, abrindo espaço para botões e para o novo rádio, com Bluetooth e conexões AUX e USB perto do câmbio, mas sem tela sensível ao toque e GPS. Há câmera de ré, mas a exibição das imagens fica em telinha no retrovisor interno e também vale notar que agora há vidros elétricos nas quatro portas com acionamento nas portas e não mais no painel.
Detalhe: as mudanças não valem para o Uno Vivace, única versão que segue com o visual antigo – compartilhando sua frente e o painel com a Fiorino – e mantendo as opções de carroceria de duas e quatro portas, sempre com o motor 1.0.
A Fiat guarda para a ocasião do lançamento detalhes como pacotes de equipamentos e preços, mas adianta que serão sete versões: Attractive 1.0, Evolution 1.4, Way 1.0 e 1.4 e Sporting 1.4, além da Vivace 2p e 4p. Os Uno Way 1.4 e Sporting 1.4 ainda terão como novidade a opção de câmbio Dualogic, inédito para o Uno. A peculiaridade está no acionamento, por meio de botões no console e não por alavanca, como nos demais Dualogic. Pelo menos haverá borboletas atrás do volante para trocas sequenciais…