Chevrolet Sonic Effect se diferencia pelo visual esportivo

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Equipamentos são os mesmos da versão LTZ, que anda tão bem quanto

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Por regra o Chevrolet Sonic ocupa a faixa de preço onde há três anos vivia o Astra. Na prática, ele é o sucessor espiritual do Corsa. Justinho, com espaço adequado para um compacto, visual interessante e bom de guiar.  E não é por causa de toda essa parafernália do Effect. Ele não precisa de nada disso para conquistar você. 03 - uqlowwn
10 - apZOdwsO “efeito” se dá por rodas com acabamento grafite, capas dos retrovisores pretas, tampa do tanque de combustível esportiva e faixas na base das portas e longitudinais, sobre capô, teto e tampa do porta-malas. E mais nada, nem mesmo entre os equipamentos. Pura fantasia que casa bem com os faróis e lanternas com elementos pronunciados no corpo plástico. O que não há é algo capaz de mudar o comportamento do carro. Um Sonic LTZ daria as mesmas sensações, então dá para economizar uma graninha, já que ele é um tanto caro. Em sua versão de entrada, LT, o Chevrolet Sonic custa R$ 49.496 e não tem MyLink. Effect é a mais cara, sai por R$ 59.890 e tem os mesmos equipamentos do LTZ, de R$ 57.996: sensores de estacionamento e de chuva, bancos em couro, transmissão automática, cruise control, faróis de neblina e rodas de alumínio aro 16”. Em resumo, são os itens que separam estas duas últimas versões da LT. A questão é que o preço elevado para um compacto premium não é capaz de prejudicar o comportamento dinâmico do Sonic. As suspensões seguem receita mais tradicional que os Pastéis de Belém originais, com McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. O acerto bastante rígido, garante estabilidade muito boa. O Sonic ataca as curvas sem medo, inclinando pouco a carroceria e sem revelar tendência ao subesterço até você realmente abusar dele. Não, não é um Skate – e a Chevrolet avisou isso no comercial –, e a prova disso é que ele até consegue filtrar bem a irregularidade do asfalto.
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Quem também está por trás da boa dirigibilidade é a direção hidráulica, direta na medida certa e com peso correto para sua proposta e seu público, sem ser desconfortável em manobras. Pra melhorar, a posição de dirigir é indefectível, com pedais e volante bem alinhados e este último com regulagem em altura e profundidade. Os bancos também tem ajuste em altura e seguram bem o corpo nas curvas. Mas sim, você se senta diante daquele quadro de instrumentos que parece ter saído de um moto tão comum nos Chevrolet de hoje – e o primeiro a usar foi justamente o Sonic.
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Tudo muito bem, muito bom…Mas o comportamento do motor importa e é ele quem faz a diferença. Se o Sonic consegue ter comportamento tão diferente dos outros Chevrolet, mesmo usando a mesma plataforma – a GSV – de Onix, Spin, Cobalt, Prisma, Tracker e do Opel Corsa,  o motor também teria que ser diferente. É o 1.6 16V Ecotec, com duplo comando de válvulas variável (Dual CVVT) e coletor de admissão variável, que gera 120/116 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 16,3/15,8 kgfm a 4.000 rpm, com álcool e gasolina, sendo que 90% do valor total já está disponível a partir das 2.200 rpm. É uma versão mais moderna daquele que um dia fez Corsa GSI e Tigra serem espertos.
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Mesmo com o câmbio automático GF6 de seis marchas, que não é ruim, mas deve algo e não é boa vontade e nem as borboletas para trocas sequenciais – realmente faz falta algo melhor que os botões na alavanca -, o Chevrolet Sonic tem acelerações consistente e retomadas respeitáveis. É que o câmbio revela alguma hesitação com as marchas em aclives e parece patinar em algumas trocas, mas ao menos garante que o motor trabalhe a 2800rpm em sexta marcha a 120km/h. Pena que o isolamento acústico não dê conta do barulho de rolagem dos pneus a essa velocidade. Bom é que este câmbio é adaptativo e com o passar dos dias ele começa a operar de forma compatível com sua forma de conduzir.

Na Estrada

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A fusão de todos os predicados e vícios se deu em 240km de estrada, num bate e volta entre Rio de Janeiro e Volta Redonda. Retas e curvas ficavam para trás, mas o Sonic sempre transmitia segurança e a sensação de que é você quem manda nele. Mas fica evidente que o isolamento acústico merece maior atenção da Chevrolet: acima de 100km/h o barulho da rolagem dos pneus disputam sua atenção junto com o motor, mesmo em sexta marcha. O câmbio volta a ser a questão. A qualquer momento, basta um toque mais fundo no acelerador para voltar à quinta marcha para ganhar desempenho, mas houve situação de ultrapassagem em que ele diminuiu duas marchas, de quarta para segunda, em um momento errado, culminando no motor cortando giro. A partir daí foi melhor recorrer aos botões de troca sequencial… (com Fabio Perrotta Junior)

Onde o bicho pega

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Tá bom, o Sonic é ótimo de dirigir. Mas não é perfeito. Ele tem 4,03m de comprimento e bons 2,53m de entre eixos, o que garante bom espaço para as pernas de quem vai atrás, mas mesmo que os 1,73m de largura não sejam pouco, falta mais espaço para que um quinto ocupante sente no meio banco traseiro e a Chevrolet assume isso ao ficar devendo o encosto de cabeça para ele. Ao menos garante sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis. O porta-malas de 265L é pequeno para o segmento. Fora o que já foi citado, a lista de equipamentos conta com com ar-condicionado manual, airbag duplo, freios ABS com EBD, computador de bordo, trio elétrico, desembaçador do vidro traseiro. Falta algo a mais, um equipamento que o diferencie. Nesta faixa de preço os concorrentes carregam seis airbags, controles de estabilidade e tração e ar-condicionado automático – e isso o finado Astra tinha! – , por exemplo.
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Em termos de acabamento, o Chevrolet Sonic não tem motivos para se destacar. Os plásticos são bons, sem rebarbas e não fazem barulho em movimento, além de não parecerem mal montados, com exceção do revestimento da coluna A esquerda que lutava por sua liberdade e de ser perceptível que, quando com as portas fechadas, o vão entre a porta direita e o painel era mínimo, enquanto do lado esquerdo daria para colocar o indicador . Isso sem contar que carros que custam R$ 20 mil a menos possuem ao menos um pedacinho de tecido nos painéis das portas, e no Sonic, mesmo com bancos em couro, só há plástico. O Chevrolet Sonic está muito longe de ser a referência em custo-benefício. Mas em matéria de prazer ao dirigir, só deixou boas lembranças. Tudo bem que não é tão vigoroso quanto o Astra, mas não dá para sentir saudades do Corsa – só do design, mesmo. Pontos positivos:

  • Acerto da suspensão
  • Peso e relação da direção
  • Posição de dirigir Pontos negativos:
  • Preço
  • Porta-malas
  • Câmbio

    Galeria
    Fotos | Fabio Perrotta

    Ficha técnica

    Chevrolet Sonic Effect 1.6 AT ORIGEM: México PREÇO: R$ 59.890 MOTOR: flex, quatro cilindros, 16v, 1.587cm³, potência de 120cv/116cv a 6.000rpm e torques máximos 16,3 kgfm/15,8 kgfm a 4.000rpm (etanol/gasolina) TRANSMISSÃO: câmbio automática de seis marchas.Tração dianteira SUSPENSÕES: McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira FREIOS E PNEUS: discos dianteiros e tambores traseiros; 195/65 R16 DIMENSÕES E PESO: 4,04m (compr.), 2,52m (e.e.) e 1.203 quilos PORTA-MALAS: 265 litros TANQUE: 46 litros DESEMPENHO: 0-100km/h em 11,2e máxima de 180km/h (com álcool – dados da Chevrolet)

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