Pergunta da Semana – Como você usa os faróis de neblina?

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Feitos para uso específico, sempre geram discussão

lancia_delta_hf_integrale_evoluzione_1

Um pouco de luz nessa vida
Um pouco de luz em você!
Um pouco de luz nessa vida…

Vamos começar essa Pergunta da Semana ouvindo Roupa Nova SIM! Porque, mais uma vez, vamos falar de uma coisa que me faz arrancar os poucos cabelos. Sim, vamos falar sobre os faróis de neblina, seu lado estético, sua eficiência luminosa e o como esse equipamento mexe com a cabeça dos humanídeos ditos motoristas.

autowp.ru_subaru_impreza_wagon_uk-spec_1

Bom, vamos começar pelo lado racional da coisa, desfazendo uma confusão histórica. Faróis de neblina são DIFERENTES dos faróis de milha. Estes últimos, também conhecido como faróis de longo alcance, permitem iluminação além do ponto máximo alcançado pelos faróis altos e, portanto, devem ser utilizados apenas em conjunto com eles. A ligação dos faróis de longo alcance de forma independente dos faróis altos é infração de trânsito, assim como seu uso indevido. Sim, amigo: se você fez um bypass no seu Gol GTS ou GTI, você está errado. Melhore, portanto.

Mas, de volta ao começo, o farol de neblina serve para a devida iluminação nas situações em que é preciso ver o que está imediatamente a frente do veículo, como acontece quando há nevoeiro. Para que seja eficaz em sua função, este equipamento tem como característica um facho de luz aberto quanto à amplitude lateral, mas com baixo alcance, com foco voltado para baixo. Desta forma, o motorista pode facilmente localizar as faixas de rolagem ou de demarcação das vias. Também visando sua eficácia, o mesmo deve ser instalado o mais próximo possível do solo e o mais distante do eixo de simetria do veículo. Isso ocorre uma vez que a neblina se forma próximo ao solo, pela condensação natural nas temperaturas mais baixas, além de possibilitar o foco próximo dos bordos de guia.

autowp.ru_volkswagen_gol_gt_3

Primeiro problema: em um dia de chuva, o asfalto molhado por vezes reflete como um espelho. Você tem um par potente de faróis iluminando para baixo. Meu caro, o resultado é inevitável. Pois a física não falha, e a lei da reflexão está aí: você vai ser ofuscado, principalmente pelos retrovisores externos. E, como verão em breve, pode piorar.

Por uma questão física que não pretendo entrar em detalhes, é sabido que a luz de cor amarela é a mais eficaz para esse tipo de farol, ao passo que fachos de cor azulada tem o pior desempenho frente ao que o equipamento se propõe. É por isso que diversos veículos europeus possuem tal equipamento dotado de lentes nesta cor, ao passo que tal configuração se fez obrigatória na França por muitos anos. E isso muito me agrada, diga-se.

renault_21_turbo_6

Segundo problema: você confia em mim e acredita no que eu digo quanto à cor da luz emitida. Aí um quadrúpede vem e coloca um par de lâmpadas brancas que tendem ao azul no farol de neblina. Não bastasse piorar a situação sob chuva, o inapto justifica que é “pra iluminar melhor de noite”. Calma lá, campeão. Já já desarmo seu argumento.

Mas, falando em visual, é fato que este equipamento dá um ar mais refinado, completo e até mesmo mais esportivo ao automóvel. Por vezes, em alguns veículos, a ausência dos faróis de neblina gritam aos quatro ventos algo como “hey, falta algo aqui!”. Mas a coisa começa a degringolar aqui, quando passamos do visual do veículo para o visual das mesmas acesas. E seu uso indevido.

autowp.ru_citroen_cx25_gti_turbo_5

Você tem um componente feito para iluminar da melhor forma possível o que é necessário no circuito urbano durante a noite ou sob situações de luminosidade desfavorável. Este se chama farol baixo. Mais legal ainda: se você precisa aprimorar ainda mais sua visão em estrada ou locais completamente escuros, você tem seu irmão mais forte chamado farol alto. Então, por que diabos utilizar um objeto de iluminação ESPECÍFICA em detrimento da ferramenta ideal para aquela situação? Aí vemos asininos dirigindo com os lanternas e faróis de neblina acesos, ou seja, iluminando apenas próximo de si e nada a frente, totalmente contra o bom senso viário.

Também vai contra o bom senso justificar com “é estiloso” ou “é bonito” ou adotando lâmpadas mais potentes e de cor indevida. Sem contar que em situação de real necessidade, seu par de lâmpadas extra-brancas nos faróis de neblina te ajudarão em quase nada.

autowp.ru_fiat_stilo_5-door_2

Dá pra piorar? Dá. Se você utiliza as lanternas de neblina ligadas no quotidiano, te desejo passar o resto do seus dias numa ilha deserta com a Dilma e o Aécio. Juntos e nus. Porque, por um lado, a lanterna de neblina opera verdadeiros milagres na orientação sob forte cerração, poupando vidas ao evitar colisões traseiras graças à potência de suas lâmpadas. Mas é essa mesma potência que ofusca quem vem atrás de uma lanterna-de-porto dessas acesas sem necessidade, incomodando após pouco segundos de exposição. Lembrem-se: ela foi feita para ser vista sob intenso nevoeiro. Sem barreira física para seu facho, o efeito “refletor de estádio” nos seus olhos é imediato.

Meu carro atual não possui faróis de neblina. Mas o anterior possuía e, juntamente com seu excelente grupo ótico principal, por diversas vezes subi a Serra do Espinhaço no alvorecer do dia, sob intensa neblina, com total segurança ao volante. Passada a intempérie, era hora de desligar os faróis de neblina: trabalho concluído com sucesso.  A viagem corria muito bem apenas com os faróis baixos ligados, como deve ser utilizado.

Untitled-12

E você, como enxerga essa situação? Que uso faz do farol de neblina do seu carro? E as lanternas, você as usa? Emprega-os da forma devida ou de outra maneira? Vamos, compartilhe conosco!

E até a próxima!

ford_escort_rs1800_rally_car_3

 

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Comentários