Híbrido e com 580cv, chega a 100km/h em menos de 3s
Todo o mistério por trás do Honda NSX acabou. Ao completar 25 anos, o superesportivo ganha uma nova geração bem diferente daquela lançada em 1990 e que teve Ayton Senna envolvido em seu desenvolvimento. Por exemplo, agora é híbrido e não sai mais da fábrica de Suzuka, no Japão: será fabricado em Marysville, nos Estados Unidos.
Mas os números do NSX ainda são capazes de surpreender. Instalado em posição central-traseira, o motor V6 3.5 biturbo, com injeção direta e carter seco (que ajuda a diminuir o centro de gravidade e garante lubrificação mesmo com alto G lateral), gera 507cv entre 6.500 e 7.500rpm e torque de 56,1kgfm de 2.000 a 6.000rpm. Ainda há um motor elétrico no eixo dianteiro, com 73cv e 14,9kgfm, e um traseiro com 47cv e 15,1kgfm. A potência combinada (sem a atuação do motor elétrico traseiro) é de 580cv e 65kgfm.
O câmbio é de dupla embreagem e nove marchas e o motor a gasolina impulsiona as rodas traseiras, enquanto o elétrico dianteiro trabalha para simular tração integral, o chamado Sport Hybrid SH-AWD. O elétrico traseiro também ajuda a compensar as forças em curva. Quem gerecia os motores, a transmissão, a direção, os freios (carbocerâmicos) e os amortecedores (com ajuste magnético) é o sistema eletrônico Integrated Dynamics System (IDS), responsável por melhorar o desempenho do carro e também coordenar a recarga das baterias ao longo do trajeto.
Há quatro modos de condução: Quiet (Calmo), Sport (esportivo), Sport+ (esportivo+) e Track (Pista). Também há controle de largada eletrônico.
Mas com tanta parafernália eletrônica, três motores e ainda baterias, não dá para fazer milagres nem mesmo com o chassi monocoque feito de alumínio e aço de alta resistência: pesa 1.725kg. A magia está em, ainda assim, chegar aos 100km/h em menos de 3 segundos e à máxima de 307km/h.
Há chances do Honda NSX ser lançado no Brasil já em 2016. O superesportivo está anunciado para o Brasil desde 2013, mas a Honda já não dá tanta certeza por causa da variação cambial. Nos Estados Unidos, onde será lançado ainda este ano como Acura, custará a partir de US$ 150 mil (cerca de R$ 590 mil). Por aqui, custaria cerca de R$ 1 milhão.