Comandos diversos diante do condutor. Isso é bom ou ruim?
Pode o mundo acabar, pode o céu desabar, como diriam os poetas modernistas Leandro e Leonardo. Mas a Pergunta da Semana está aí, para deleite de todos nós. E o motivador da pergunta dessa semana é um carro que você, seguramente, não conhecia. Até agora. É o Pontiac 6000, um sedã americano dos anos 1980 e que tinha como alvo os sedãs europeus que começavam a infestar o mercado do Tio Sam. Em sua versão topo-de-linha, a STE, era tido como um bom carro a frente ao mar de chorume produzido à época pela GM. Tanto é que chegou a figurar no Ten Best da renomada revista americana Car and Driver.
Tá, e o que isso tem a ver com a temática argumentativa semanal? Simples: eu fiquei embasbacado com o volante desse modelo. É uma coisa COMPLETAMENTE dos anos 1980, em que a eletrônica não somente deu um largo salto nos automóveis: ela passou a ser o estado-da-arte. Então, por que fazer um simples comando analógico, como vemos nos comandos de ar condicionado dos nossos carros mais simples atuais, se podemos utilizar botões para essa tarefa?
E a obsessão teve um desdobramento. Se os engenheiros e projetistas de interior daquela década já tinham infestado os painéis, as portas, o teto de botões…por que não colocá-los no volante? Voilá: deixou de ser algo que vai além de controlar o carro e acomodar o air bag e ganhou pontos em ergonomia e em auxiliar na menor distração do condutor enquanto o mesmo dirige. Mas será que a receita é infalível?
Sinceramente, não sei. Pego aquela que, para mim, possui uma das mais perfeitas ergonomias: a Volvo. Recentemente, vim de São Paulo até Belo Horizonte trazendo um sueco desses para um cliente. Foram 550 quilômetros de briga com os botões de velocidade do cruise control porque queria que eles abaixassem ou aumentassem o volume do sistema de som. Uma falha de projeto, em que as teclas são muito parecidas, ou eu que realmente sou um asno? A resposta tende mais para uma convergência das duas afirmações.
E como eu digo: sempre dá para piorar. Temos, nos volantes atuais, comandos de som e de multimídia, de computadores de bordo e mostradores no cluster, de cruise control e de comandos de voz ou atendimento telefônico. Ok, me parece adequado. Mas quem foi o quadrúpede que colocou comandos do ar condicionado no volante? Sim, a Ford fez isso no Fusion de primeira geração. Um pouco mais e estaremos escolhendo o sabor do espresso pelos comandos do volante também. Santa paciência, Batman!
Para fechar a tampa do caixão, muitos fabricantes preferem dividir as funções entre os botões no volante e em comandos satélites posicionados atrás do mesmo, com comandos de áudio, bluetooth e controlador de velocidade ali. Isso acaba por deixar os volantes mais limpos, menos confusos e menos complexos.
E você, o que acha de tudo isso? Qual a sua opinião sobre os botões no volante? No seu carro tem, ou gostaria que tivesse? Abomina-os, ama-os, ou para você é mais uma besteira sem sentido? Vamos, compartilhe conosco sua opinião!
E até a próxima!