Monovolume tem motor antigo e lista de equipamentos pra lá de discreta. Mesmo assim, chega a R$ 105 mil.
Sim, vivemos para ver um Fiat Doblò passar dos R$ 100 mil. A linha 2021 do monovolume já está à venda no site da marca italiana.
Há apenas uma versão, Essence, que parte de R$ 98.290, mas chega a R$ 105.040 com pintura metálica e o único pacote opcional, chamado de Pack Evolution.
Se você acha loucura pagar mais de R$ 100 mil em um carro que pouco mudou em quase 20 anos, veja mais abaixo algumas opções que listamos. Antes, vamos falar um pouco sobre a linha 2021 do Doblò.
De forma geral, a lista de equipamentos do Doblò é compatível com a de um carro de 10 anos atrás. De série, há direção hidráulica, vidros e travas elétricos, ar-condicionado, computador de bordo e não muito mais do que isso.
Agora, a lista de ausências é recheada. O Doblò 2021 não traz rodas de liga leve, limpador do vidro traseiro, rádio, airbags adicionais, controles de tração ou estabilidade ou nenhum recurso adicional de segurança que não seja obrigatório por lei.
Para conseguir alguns recursos extras, o cliente deve desembolsar R$ 4 mil em um pacote de itens comuns até em carros populares, como rádio (não, não é uma central multimídia), limpador do vidro traseiro, sensor de estacionamento traseiro, volante com comandos de som e retrovisores elétricos.
Veterano
Debaixo do capô, vai o mesmo motor 1.8 de Toro e Renegade, mas sem a atualização mais recente. Então, entrega 132 cv, em vez dos 139 cv dos “irmãos” mais novos. O câmbio é manual, de 5 marchas.
Seu ponto forte é poder levar até 7 ocupantes. Talvez essa seja a única razão por pagar R$ 100 mil em um modelo que é basicamente o mesmo há quase 20 anos.
Opções do mercado
Por isso, caro leitor, separamos 5 carros novos que custam o mesmo (ou menos) do que um Doblò completo, mas que são muito mais modernos.
Chevrolet Spin
Escolha puramente racional, a Spin é o carro de 7 lugares mais barato do país. Tem motor 1.8 de 111 cv que não empolga. O conjunto da obra, porém, é interessante, já que a Spin recebeu atualizações há cerca de 2 anos.
Na versão Premier, a mais em conta disponível com 7 lugares, o preço é de R$ 92.150. Só que oferece controle de velocidade de cruzeiro e sensores de luz e chuva, além da central multimídia.
Honda WR-V
O modelo mais controverso da lista. Não tem 7 lugares, nem é referência em tecnologia ou prazer ao dirigir. Mas tem a versatilidade de poucos no mercado. Com o sistema de rebatimento dos bancos, pode entregar um verdadeiro salão para cargas.
Além disso, custa R$ 89.100 na versão mais completa – R$ 10 mil a menos do que o Fiat. E entrega 6 airbags, central multimídia, ar-condicionado digital e central multimídia. Tem motor 1.5 de 116 cv e câmbio CVT.
Jeep Renegade
Essa é para quem é fã da FCA. O Renegade usa o mesmo motor do Doblò, mas com 7 cv extras, alcançando 139 cv. Na versão Sport, parte de R$ 91.590, e já vem com câmbio automático.
Ao incluir central multimídia, ar-condicionado de duas zonas, bancos de couro e sensor de estacionamento, o preço sobe para R$ 97.840, consideráveis R$ 4.650 a menos. É grana suficiente para pagar o IPVA de um ano e completar o tanque algumas vezes.
Chevrolet Tracker
Principal lançamento entre os SUVs, o Tracker é uma opção menos careta do que a Spin, só que só leva 5 pessoas. Por outro lado, é recheado de tecnologias. A versão LT 1.0 turbo custa menos do que o Doblò básico, R$ 93.490.
Mas oferece central multimídia com internet e Wi-fi, câmera de ré, acesso e partida keyless, piloto automático, retrovisores elétricos, sistema stop/start e câmbio automático.
Se preferir um motor mais potente, ainda que com menos equipamentos, a versão Turbo 1.2 sai por R$ 94.090.
Volkswagen Jetta 250 TSI
O Jetta não leva 7 pessoas nem é SUV, mas é um sedã de respeito. Em sua versão de entrada, custa R$ 99.990, e já traz o conhecido motor 1.4 turbo de 150 cv.
Também tem rodas de liga-leve, 6 airbags, ar-condicionado de duas zonas, controles de tração e estabilidade, faróis de LED e sensor de chuva. Itens impensáveis em um rústico Doblò.