Serão 12 unidades, que receberam adesivos, climatização e até geladeira portátil. Cada uma custa R$ 340 mil.
Sai de linha o último caminhão “bicudo” do Brasil. A Mercedes-Benz anunciou nesta terça-feira (8) o fim da produção do Atron depois de mais de 30 anos.
Para celebrar, a fabricante criou uma edição especial de despedida, limitada a 12 unidades.
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Cada uma delas será numerada, e vai receber adesivos com a mensagem “o caminhão que fez história”, além de equipamentos como climatização, rádio com entrada USB, geladeira portátil e rodas de alumínio.
Elas estão disponíveis na plataforma de venda online da Mercedes por R$ 340 mil.
A história do bicudo
O Atron ganhou o apelido de “bicudo” por conta de sua cabine semi-avançada, muito popular até os anos 1980 pela facilidade de acesso ao motor.
“Com o passar do tempo, esse tipo de veículo foi perdendo espaço no mercado brasileiro, sendo substituído pelos modelos com cabina avançada, o cara chata, até que chegou o momento de dizer adeus”, afirma Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.
Quando foi lançado, o Atron sequer tinha esse nome. Ele chegou ao mercado em 1989 como LS-1935, e formou família, com derivações como LS-1941, LS-2635, L-1618, L-1620 e LS-1938.
Até que em 2012 aderiu ao novo padrão de nomenclaturas da Mercedes, passando a ser chamado de L-1635 Atron.
Nessa época, os bicudos já estavam se tornando raridade no mercado brasileiro por conta da legislação.
No Brasil, a medição do comprimento de um caminhão vai do para-choque dianteiro do cavalo mecânico até o para-choque traseiro da carreta.
Com isso, as dianteiras mais compridas dos bicudos acabam roubando preciosos metros para o transporte de cargas.
Assim, os caminhões de cabine avançada, também conhecidos como cara chatas, levam vantagem nesse aspecto.
A Mercedes ainda definiu que o “sucessor” do Atron será o Axor, nas configurações 2036 4×2 e 2536 6×2.