Apesar de um passado glorioso nas pistas, com os lendários Delta e Stratos, a Lancia não recebeu muita atenção de seus donos após a fusão da Fiat com a Chrysler, em 2009.
Tanto é que a fabricante hoje sobrevive apenas em sua terra natal, a Itália. Se você entrar no site deles, só vai encontrar um modelo à venda.
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É o subcompacto Ypsilon. Mesmo assim, a atual geração do carrinho foi lançada no distante ano de 2011. Ou seja, tem 10 anos de estrada.
Ameaça de morte
Em 2014, na apresentação dos planos globais da FCA para os anos seguintes, o então presidente do grupo, Sergio Marchionne, disse ao Automotive News Europe: “Percebemos que a marca Lancia não tem apelo fora da Itália”, praticamente decretando a morte da tradicional fabricante.
Ironia do destino, Marchionne já nos deixou, mas a Lancia, mesmo seguindo esse roteiro cheio de elementos para um final triste, tem resistido bravamente.
O Ypsilon, por exemplo, com praticamente 10 anos de mercado sem mudanças, encerrou 2020 como o segundo carro mais vendido da Itália.
Agora, no início de 2021, as notícias parecem mais promissoras. A Lancia apresentou uma discreta reestilização para o Ypsilon, já à venda na Itália a partir de 15.100 euros.
As mudanças incluem novo para-choque frontal, faróis com luz diurna de LED e grade redesenhada. No interior, a Lancia conseguiu instalar uma central multimídia com tela de 7 polegadas no console central e passou a utilizar tecidos feitos com material reciclado retirado do Mar Mediterrâneo.
Em termos de motorização, o Ypsilon oferece três opções, sendo duas delas bicombustível:
- Firefly 1.0 aspirado de 3 cilindros e 70 cv, em conjunto com um sistema híbrido leve de 12V
- Fire 1.2 aspirado de 4 cilindros e 69 cv, a gasolina ou gás liquefeito de petróleo
- 0.9 turbo de 2 cilindros e 85 cv, a gasolina ou gás metano
Futuro da Lancia
O sucesso do Ypsilon pode ser determinante para uma sobrevida da Lancia. Sem Marchionne e com a fusão da FCA com a PSA, criando a Stellantis, a fabricante pode receber novos investimentos nos próximos anos, e se tornar uma espécie de “grife”, junto com a Alfa Romeo e a DS.
Ainda não há confirmação de quando isso deve acontecer, mas o AutoNews Europe afirmou que as conversas para o desenvolvimento conjunto de novos carros para as três marcas já começaram.