Quase um ano após o Portal G1 revelar que os airbags da Takata foram os responsáveis pela morte do motorista de um Chevrolet Celta envolvido em um acidente em Sergipe, a Chevrolet admitiu que seus veículos eram equipados com bolsas infláveis da marca japonesa.
Quando o caso foi revelado, em julho de 2020, a empresa foi questionada se os airbags eram fornecidos pela Takata, mas nunca confirmou a informação.
VEJA MAIS
- Saiba como fazer o recall de Celta e outros modelos da Chevrolet
- Veja dicas para economizar combustível
Recall do Celta
Pouco tempo depois, a Chevrolet anunciou um recall de 230 mil unidades de Celta e Classic, para troca dos airbags, ainda sem confirmar que as bolsas eram da Takata.
Agora, em março de 2021, a Chevrolet começou a veicular uma campanha na televisão pedindo que os proprietários do modelo compareçam à uma concessionária da marca para realizar o recall do componente, citando nominalmente a Takata como a fornecedora dos airbags.
O comercial exibido no intervalo do Bom Dia Brasil, da TV Globo, fazia um apelo para que donos de Celta e Classic produzidos entre 2012 e 2016 só usassem os veículos para ir até uma oficina da marca cumprir o recall.
O risco dos airbags da Takata
A falha dos airbags da Takata é conhecida há 8 anos. O escândalo foi descoberto em 2013, e foi motivo de recall de mais de 100 milhões de veículos de diversas marcas em todo o mundo.
O defeito está em um componente conhecido como insuflador, uma caixa metálica que abriga o gás que faz a bolsa inflar quando acionada.
Com o tempo, essa caixa sofre infiltração de umidade e pode trincar. Assim, quando há um acidente e o airbag é acionado, ela se abre com força excessiva, estilhaçando, e projetando pedaços de metal contra os ocupantes.
Assim, há relatos de ferimentos que se parecem com facadas ou até mesmo tiros.
Essa falha já provocou a morte de mais de 20 pessoas em todo o mundo – ao menos 2 foram no Brasil. A primeira foi exatamente a do motorista do Celta, que não resistiu à ferimentos provocados por estilhaços do airbag.
