A Fiat Toro 2022 foi lançada na última quinta-feira (22) repleta de novidades no visual, na lista de equipamentos e na motorização. Você confere todos os preços aqui.
Uma das mudanças mais alardeadas pela Fiat é a chegada do novo motor 1.3 turbo, certamente um dos mais modernos produzidos no Brasil.
A unidade de 4 cilindros rende 185 cv e 27,5 kgfm, quando abastecido com etanol. Ele tem o bloco construído em alumínio, injeção direta de combustível e cabeçote Multijet, que gerencia melhor o tempo e a duração da abertura das válvulas de admissão. Coisa fina, podemos dizer, que, em tese, ajudaria a baixar o consumo de combustível.
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Em tese. Isso porque, pelo menos na nova Fiat Toro, essa modernidade não se reflete em um consumo de combustível amigável. Segundo as informações da Fiat, o novo motor 1.3 turbo é só um pouco mais econômico no ciclo urbano do que o antigo 1.8 aspirado de 139 cv e 19,3 kgfm que vai substituir (veja os números de consumo da nova Fiat Toro na tabela mais abaixo).
Na estrada, a situação se inverte, e o veterano motor aspirado é mais eficiente.
As diferenças são pequenas, mas é curioso notar que um motor aspirado antigo pode ter resultados semelhantes aos de uma unidade turbo cheia de tecnologia.
Aqui, é preciso considerar que os testes de consumo são feitos seguindo os mesmos padrões de aceleração e velocidade.
Mais econômico do que os rivais?
Na tabela abaixo, comparamos o consumo dos motores da Fiat com outros turbo do mercado. Um deles é o 1.4 da Volkswagen, que, apesar da cilindrada maior, tem menos potência (150 cv) e torque (25,5 kgfm). Ele também é dotado de injeção direta.
Para deixar a comparação o mais justa possível, vamos utilizar o finado Tiguan 1.4, que tem peso próximo ao da Toro (1.600 kg, aproximadamente).
Também selecionamos o 1.6 THP usado pelas francesas Peugeot e Citroën. Apesar de ser um motor lançado há bem mais tempo, ele possui números de potência próximos aos do 1.3 da Fiat. São 165 cv com gasolina. Aqui, o veículo a ser comparado é o Peugeot 3008, que também pesa cerca de 1.600 kg.
Motor | Cons. urbano (etanol) | Cons. urbano (gasolina) | Cons. rodoviário (E) | Cons. rodoviário (G) |
Fiat 1.3 turbo | 6,6 km/l | 9,7 km/l | 7,9 km/l | 10,7 km/l |
Fiat 1.8 aspirado | 6,3 km/l | 9 km/l | 8 km/l | 11,1 km/l |
Volkswagen 1.4 turbo | 6,8 km/l | 10,1 km/l | 8 km/l | 11,7 km/l |
Citroën 1.6 turbo | 9,8 km/l | 12,1 km/l |
Observando a tabela, chegamos a conclusão de que o motor 1.4 da Volkswagen é mais econômico, nessa comparação, do que o 1.3 turbo da Fiat. Mais uma vez, é preciso ressaltar que são números de veículos específicos. O consumo varia de acordo com a carroceria e peso de cada modelo.
A maior diferença entre os motores aqui listado é no ciclo rodoviário, quando o motor 1.3 turbo da Fiat é o menos econômico entre os 4. Isso poderia ser resultado de uma relação mais curta do câmbio automático. Mas, segundo a Fiat, a relação é a mesma para a Toro 1.3 e 1.8.
Em todas as demais condições, os números são bem próximos uns dos outros.
Desempenho é muito melhor
Se no consumo os dois motores praticamente empatam, quando o assunto é desempenho, o novo 1.3 turbo dá um show. De acordo com os dados divulgados pela Fiat, a picape acelera de 0 a 100 km/l em 10,6 segundos, quando abastecida com etanol. Com gasolina, o tempo é 0,1 s mais alto.
Enquanto isso, a mesma Toro Endurance, equipada com o motor 1.8 aspirado é quase 2,5 segundos mais lenta, com etanol e mais de 3,5 s, com gasolina.
A melhora também pode ser percebida na velocidade máxima, que passou de 178 km/h (gasolina) / 179 km/h (etanol) para 200 km/h (gasolina) / 202 km/h (etanol).