Índia segue o Brasil e vai investir no etanol como combustível

Por aqui, quase 90% dos carros novos podem 'beber' o combustível vegetal
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Brasil é referência no uso de etanol
Índia vai seguir Brasil e investir no etanol. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Dentro de poucos dias, como informou o site inglês Just-auto nesta terça-feira, 22, o segundo país mais populoso do mundo (em cinco anos deve ultrapassar a China), a Índia, anunciará novas metas para etanol.

O objetivo é reduzir emissões de CO2, importações de petróleo e preço dos combustíveis, segundo o analista Bakar Agwan, da consultoria GlobalData. “A Índia dispõe de excedente de matéria-prima necessária para obter etanol, garantindo abastecimento adequado à produção deste combustível”, acrescentou ele.

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Em poucos anos a Índia deve alcançar o posto de terceiro maior mercado de veículos do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos. O país asiático já havia aprovado misturar 10% de etanol à gasolina até 2022 e 20% até 2025, acima dos 8,5% atualmente (no Brasil, 27%).

Agwan delineia a intenção do governo de implantar motores flex numa segunda etapa.

Essa tecnologia está amplamente dominada e aceita no Brasil: quase 90% dos automóveis e comerciais leves vendidos atualmente são flex. Exportar esse conhecimento deve se transformar em receitas para o País. Usinas de produção de etanol poderão ser exportadas, pois a Índia também é grande produtor de açúcar a partir da cana.

No recente seminário da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), voltou-se ao debate sobre diversas formas de diminuir as emissões de CO2 e o efeito estufa responsável por mudanças climáticas.

O conceito do ciclo de carbono emitido do berço ao túmulo, ou seja, desde quando se fabrica o veículo, obtém-se o combustível ou a eletricidade e até chegar à reciclagem do produto e das baterias, ainda carece de análises profundas e isentas na maioria dos países.

Ricardo Abreu, da Bright Consulting, destacou o que realmente interessa à sociedade brasileira: menor poluição, mobilidade acessível, geração de empregos, segurança energética, atrair investimentos e alcançar protagonismo internacional. Todos esses objetivos não podem ser atingidos por meio de apenas uma solução e, assim, defende alternativas.

É o caso de um automóvel híbrido ou híbrido plugável com motor a combustão abastecido a etanol. Seu preço continuará por muito tempo bem menor do que um carro 100% elétrico, poderá usar a atual infraestrutura de abastecimento, emissões de ciclo de CO2 extremamente baixas e não estressará a geração atual e futura de energia.

A transição aos veículos elétricos pode ser rápida e com prováveis tropeços financeiro e técnico, ou bem planejada assumindo riscos menores, sem um deletério efeito manada e atingir o mesmo objetivo. O Brasil e agora a Índia sabem que o etanol está aí para ajudar.

Alta Roda

BMW M3

BMW M3 Competition Track é um dos automóveis mais surpreendentes e desafiadores que já avaliei. Tudo no superlativo (inclusive preço de R$ 849.950), a começar pelo motor 6-cilindros em linha, 3-litros, 510 cv e 66,3 kgf.m. Ganhou, em relação à versão anterior, o equivalente a um motor convencional 1-litro (mais 79 cv e quase 10 kgf.m).

Controle de largada está ali para fazer esquecer que se trata de simples sedã de quatro portas. Potência dos freios (discos carbocerâmicos), exatidão de direção e comportamento em curvas são irrepreensíveis. Ronco encorpado aguça os sentidos e o câmbio automático é muito rápido nas trocas ascendentes e descendentes das oito marchas.

Compósito de fibra de carbono está no teto, extrator e defletor traseiros, bancos-concha dianteiros e acabamentos internos. Acelera de 0 a 100 km/h em 3,9s; velocidade máxima, 290 km/h.

Honda CR-V recebeu leve revitalização de meia geração. Por R$ 264.900 está numa faixa muito elevada de preço, apesar de bem equipado: teto solar panorâmico, seis airbags e os dois bancos dianteiros elétricos, além de bom pacote de assistência ativa ao motorista.

Central multimídia deveria ter tela maior que a de 7 pol. Destaques para espaço interno e porta-malas de expressivos 522 litros. Motor turbo (gasolina) de 190 cv/24,5 kgfm mostra desempenho limitado pela caixa CVT de oito marchas, calibrada para menor consumo. Tração 4×4 é por demanda. Suspensão poderia ser um pouco menos dura. Ainda assim CR-V vende muito bem (segundo colocado) nos EUA, onde maciez ao rodar impera.

Estilo da dianteira lembra o 208

PEUGEOT 3008, SUV médio francês que já se destacava pelo estilo atraente (Carro do Ano na Europa, em 2017), recebeu reestilização dianteira. São novos a grade, para-choque, faróis de LED (os de neblina integrados aos fachos baixos) e luzes de rodagem diurna de LED no estilo dentes de sabre como no 208.

Internamente, destacam-se bancos dianteiros forrados com Alcantara e massageador nas costas, nova alavanca de câmbio automático (seis marchas) e tela multimídia de 10 pol. Manteve teto solar panorâmico e ótimos 520 litros no porta-malas. Controle de cruzeiro adaptativo tem função para-e-avança automática (até 3 segundos de espera) e ajuste de velocidade conforme leituras das placas de sinalização. São duas versões de R$ 229.990 e 249.990, considerados preços de lançamento.

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