A Hyundai é mais uma fabricante cuja produção é prejudicada pela crise dos semicondutores no Brasil, como mostra reportagem do Automotive Business, parceiros do Primeira Marcha.
A montadora anunciou nesta quarta-feira (16) que vai suspender o segundo turno de produção na sua fábrica em Piracicaba, no interior paulista. A paralisação na Hyundai vai durar 10 dias: entre 21 e 30 de junho. O motivo é o mesmo que já levou diversas outras fabricantes a pararem as linhas: a falta de componentes eletrônicos.
Na última sexta-feira, 11, a Volkswagen já havia anunciado uma segunda suspensão total das atividades por 10 dias, em três de suas quatro fábricas, devido à escassez de semicondutores. Ainda em junho, a Nissan também teve de paralisar sua produção em Resende (RJ), neste caso por apenas cinco dias alternados.
Além delas, a Honda já interrompeu a produção do Civic em Sumaré (SP) por duas vezes, e a GM, que já fechou duas plantas diferentes por falta de peças. A unidade de São Caetano do Sul vai ficar parada por seis semanas, em parte também para adequar a linha de montagem à chegada da nova picape baseada no Onix.
Já a fábrica de Gravataí (RS) está paralisada desde março, sendo ela responsável pela montagem do Onix, que perdeu a liderança do mercado neste ano devido à crise dos semicondutores.
No caso da Hyundai, a montadora já havia decidido cancelar o terceiro turno por falta de peças, com início a partir de 31 de maio e retorno depois de 30 de junho. Com isso, a linha de montagem da família HB20 e do Creta mantém-se com os operários trabalhando em apenas um turno, devendo a produção normalizar somente em julho.
Veja a seguir o comunicado oficial divulgado pela Hyundai Motor Brasil.
“A Hyundai Motor Brasil suspenderá a produção do 2° turno de sua fábrica em Piracicaba (SP) de 21 a 30 de junho devido às condições instáveis de fornecimento de componentes eletrônicos. O 3º turno está suspenso desde 31 de maio e tem previsão de retorno também após 30 de junho. A empresa seguirá monitorando a situação e tomará as medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças nas próximas semanas.”