Ele foi um dos desbravadores entre os SUVs compactos no Brasil. Chegou até a ser o mais popular de sua categoria em 2012. Só que viu rivais mais modernos deslancharem nas vendas e ficou para trás. Não, essa não é a história do finado Ford EcoSport, mas sim do Renault Duster.
Depois de quase 10 anos de mercado, no começo de 2020 a nova geração do Renault Duster finalmente chegou ao Brasil – o SUV foi apresentado na Europa em 2017.
VEJA MAIS
- ‘Esportivo de verdade’, Polo GTS vale os R$ 100 mil?
- Corolla Cross: o que sabemos sobre o SUV da Toyota
- Inscreva-se no nosso canal no YouTube
Ainda que o visual pareça o mesmo, houve evoluções – e até uma traseira polêmica, que, à distância, pode ser confundida com a do Jeep Renegade.
De qualquer forma, a segunda geração do SUV trouxe importantes avanços para o Renault Duster em termos de motorização e equipamentos.
A cabine não traz o padrão de acabamento do Renegade, por exemplo, mas também nem de longe lembra aquele Duster espartano, com materiais de visual e aspecto pobres.
O novo Duster mescla diferentes texturas de plástico com algumas tiras de tecido. O desenho é bastante moderno, e deve servir de inspiração para futuros carros da Renault.
Também cabe ao Duster estrear um volante redesenhado e uma nova central multimídia, de uso bastante prático.
Entre os equipamentos, pela primeira vez o SUV grandalhão traz acesso por chave presencial (um cartão, no caso), partida por botão, ar-condicionado digital, câmeras 360 graus e alerta de ponto cego.
A lista é engrossada por sensores crepuscular e de estacionamento, start-stop, controle de velocidade e rodas de 17 polegadas.
Até o modo de assistência da direção evoluiu, passando de um sistema eletro-hidráulico para um elétrico. Isso significa menos ruído e maior leveza nas manobras, ainda que um pouco da sensibilidade tenha se perdido.
Turbo vem aí
Mas sempre há espaço para melhorias. A Renault deixou de fora da lista de itens de segurança os airbags laterais e de cortina.
Também não deu tempo de colocar o motor 1.3 turbo que vai estrear na Renault com o Captur e já habita os compartimentos frontais de modelos da Mercedes-Benz.
Por enquanto, a única motorização para quem busca um Duster é o conhecido 1.6 aspirado, que entrega 120 cv e 16,2 kgfm.
Com números modestos e um peso acima da média (1.279 kg), ele sofre para empurrar os quase 4,40 metros de comprimento. Isso fica evidente nos longos 12 segundos necessários para acelerar de 0 a 100 km/h.
Quem tem qualquer aspiração maior para o desempenho deve esperar mais alguns meses, até a Renault lançar o Duster com motor turbo.
Latifúndio
Assim, é clara a vocação do Renault Duster como um SUV e carro de família para quem não tem pressa. E, nessa função, ele se sai muito bem.
O SUV da Renault é o mais espaçoso entre seus pares. São 4,38 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,83 m de largura e 1,69 m de altura. No porta-malas, vão 475 litros.
Nas medidas, ele se sai melhor até do que o Jeep Compass, modelo considerado médio.
Vale a pena?
Vale. Principalmente porque com os R$ 101.490 da versão topo de linha, Iconic, não é possível comprar nenhum outro SUV novo com esse tamanho. Assim, o Renault Duster se mostra uma boa opção, pricipalmente para quem não liga para um desempenho mediano.
Ficha técnica – Renault Duster Iconic
Preço: R$ 101.490 (mar/2021)
Motor: 1.6, 16V, 4 cilindros em linha, flex
Potência: 120 cv a 5.500 rpm (etanol)
Torque: 16,2 kgfm a 4.000 rpm (etanol)
Câmbio: automático, CVT
0 a 100 km/h: 12 s
Velocidade máxima: 173 km/h
Consumo (etanol – gasolina): 7,2 km/l (urb.) / 7,8 km/l (rod.) – 10,7 km/l (urb.) / 11,1 km/l (rod.)
Dimensões: 4,38 m (comprimento) / 1,69 m (altura) / 1,83 m (largura) / 2,67 m (distância entre eixos)
Porta-malas: 475 l