A Fenatran é o segundo maior evento de transportes do mundo, e, claro, o maior do Brasil. E, ao contrário do Salão do Automóvel, mostra força ao resistir ao movimento de cancelamento dos salões mundo afora. Porém, a edição de 2021 deve ser adiada por conta da pandemia do coronavírus.
Nesta sexta-feira (7), Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a associação das fabricantes, afirmou que algumas empresas decidiram não participar da Fenatran 2021.
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Procuramos as 6 maiores vendedoras de caminhões do Brasil. Nesta ordem: Mercedes-Benz, Volkswagen, Volvo, Scania, Iveco e Daf. As 4 líderes de mercado disseram que não vão participar da Fenatran em 2021.
Nem a própria Anfavea, uma das maiores incentivadoras do evento, estará na edição esse ano – se ela acontecer.
“A Fenatran é um grande evento, nós admiramos. Mas é uma questão de saúde. Temos que pensar nos nossos funcionários”, afirmou.
A Iveco disse que ainda não há uma definição sobre o assunto, enquanto a Daf afirmou que não iria se pronunciar.
Outras fontes do mercado ouvidas pelo Primeira Marcha disseram que o adiamento deve acontecer.
Mesmo com a ausência das maiores fabricantes do país, o discurso da Reed Exhibitions, organizadora da Fenatran, é otimista. Procurada pelo Primeira Marcha, a empresa informou que o evento está confirmado para outubro, entre os dias 18 e 22.
Fenatran é exemplo de sucesso
Ao contrário do Salão do Automóvel, que tem lutado pra manter as fabricantes como expositoras, a Fenatran tem conseguido números expressivos.
Na última edição, em 2019, foram 62.000 visitantes, 24% mais do que o público de 50.000 pessoas em 2017.
Por ser uma feira de negócios, a Fenatran também é mais importante para as fabricantes. Em 2019, por exemplo, foram negociados R$ 8,5 bilhões nos dias de evento.
Assim, mesmo que a edição de 2021 não aconteça, o passo seguinte é a confirmação do evento para outra data.
No caso do Salão do Automóvel, o formato do evento ainda está sendo discutido. Há quem diga que a próxima edição, marcada para 2022, pode acontecer no Autódromo de Interlagos, permitindo maior interação do público com os carros.
Esse caminho está sendo seguido pelo Salão de Detroit, que vai realizar uma mostra em uma pista a 50 km da Motor City.