O novo Renault Captur, enfim, ganhou o aguardado motor turbo no Brasil. Esta é uma das maiores novidades da linha 2022, que traz ainda um visual repaginado.
O SUV será vendido em três versões de acabamento: Zen, Intense e Iconic. Todas virão com o 1.3 TCe flex de 170 cv/162 cv e 27,5 kgfm, associado a uma transmissão do tipo CVT.
VEJA MAIS
- Hyundai HB20 x Fiat Argo: qual é mais capaz de pegar a liderança do Chevrolet Onix
- Inscreva-se no nosso canal no YouTube
Importado da Espanha, o propulsor é fruto de um desenvolvimento em conjunto com a Daimler, empresa que é dona da Mercedes-Benz. É por isso que o conjunto já é encontrado em vários modelos da marca alemã, como Classe A, GLA e GLB.
Preços e itens de série:
Todas as versões do novo Renault Captur saem de fábrica com 4 airbags, volante multifuncional, sensor de pressão dos pneus, chave presencial, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, central multimídia com tela tátil de 8 polegadas e rodas de liga leve de 17 polegadas, entre outros itens.
A versão mais cara (Iconic) acrescenta outros equipamentos, como faróis full LED, sistema de câmera com visão em 360 graus, partida remota com climatização da cabine, sensor de pontos cegos, partida do motor por botão e destravamento das portas por aproximação. Pintura biton e sistema de som Bose com subwoofer no porta-malas são opcionais.
As primeiras 300 unidades serão oferecidas com um ‘presente’ à escolha do cliente: um patinete elétrico, um rack de teto Thule ou dois anos de garantia adicional.
Captur Zen: R$ 124.490
4 airbags, volante multifuncional, coluna de direção com regulagem de altura e profunidade, sensor de pressão dos pneus, chave presencial, controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, central multimídia com tela tátil de 8 polegadas e rodas de liga leve de 17 polegadas, entre outros itens.
Intense: R$ 129.490
Mesmos itens da versão Zen mais ar-condicionado digital, luzes de neblina em LED com cornering light, sensor crepuscular, sensor de chuva e saídas USB para o banco traseiro.
Iconic: R$ 138.490
Mesmos itens da Intense mais faróis full LED, sensor de pontos cegos, câmera com visão em 360º, partida remota do motor e revestimento interno premium.
Como anda?
Existem duas grandes diferenças em relação à configuração utilizada nos carros da Mercedes. A primeira delas é a tecnologia flex, que é exclusividade da Renault. Isso faz com que o Captur renda até 170 cv, mais do que os 163 cv presentes no GLB, por exemplo.
A outra é a escolha pela transmissão CVT, bem diferente do câmbio automatizado de dupla embreagem presente nos modelos da Mercedes-Benz.
Felizmente, o casamento entre motor 1.3 e a caixa CVT traz mais benefícios do que problemas. Isso faz com que o Captur embale fácil nas retomadas de velocidade, bem diferente do comportamento letárgico de seu antecessor, que sofria com o motor 1.6 16V SCe. Apesar de eficiente em modelos mais leves e menores, como Sandero e Logan, o pobre propulsor (que segue em linha na versão para vendas diretas) penava para impulsionar o SUV.
No novo Renault Captur, o novo motor faz com que o SUV vá de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos com etanol no tanque. A velocidade máxima é de 190 km/h com qualquer um dos combustíveis.
As médias de consumo do Inmetro são boas para a categoria. Com etanol, o carro faz 7,5 km/l na cidade e 8,3 km/l na estrada. Se a escolha for pela gasolina, os números são de 11,1 km/l na cidade e 12 km/l na estrada.
O nível de ruído na cabine evoluiu consideravelmente com melhorias no isolamento acústico. Outra mudança bem-vinda foi a tardia adoção da direção com assistência elétrica, bem mais leve do que a antiga assistência hidráulica.
Design: mudanças bem sutis
O design recebeu leves atualizações. Na frente, mudaram grade frontal e para-choque. A iluminação diurna em formato de “C”, uma das marcas registradas de estilo do SUV, foi preservada. De resto, apenas novas rodas de liga leve e a régua da tampa do porta-malas na cor do veículo estão entre as novidades.
As mudanças também foram discretas por dentro. A central multimídia Media Nav foi trocada pela nova EasyLink, com tela tátil de 8 polegadas e uma navegabilidade mais intuitiva. Além da interface mais amigável, ela traz suporte a Android Auto e Apple CarPlay com fios.
Apesar de ainda pecar pelo excesso de plástico duro, a cabine recebeu mais atenção. A versão Iconic traz acabamento em dois tons, com partes em marrom. A mesma cor aparece no revestimento dos bancos em couro sintético e nos painéis das portas.
O console central foi redesenhado e agrupa vários botões que antes eram (mal) distribuídos pelo interior. Há também mais porta-objetos e um novo apoio de braço para o motorista.