Este ano de 2021 tem sido atípico no mercado de veículos novos no Brasil. Reflexo da pandemia, a escassez de semicondutores, essenciais na indústria automotiva, tem feito do ranking de marcas e modelos uma verdadeira montanha-russa.
A Chevrolet, líder de vendas no país há 6 anos, parou a produção do Onix, carro mais vendido do país desde 2015 em abril, sem previsão de retorno imediato. Com isso, a empresa também viu a ponta do mercado escapar.
Quem se aproveitou disso foi a Fiat, que reassumiu a liderança perdida exatamente para a Chevrolet.
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Só que outras marcas têm ainda mais motivos para comemorar. Peugeot e Citroën, antes parte do grupo PSA, mas desde janeiro sob o guarda chuva da Stellantis, conseguiram resultados expressivos nas vendas, algo que não alcançavam no país há anos.
Em junho, a Peugeot emplacou 3.054 veículos, alcançando 1,8% de participação do mercado. Pode parecer pouco, mas esse é o melhor resultado da empresa desde maio de 2013.
Principal produto da marca francesa, o 208 foi responsável por 1.738 unidades desse volume – registrando o melhor mês em vendas desde que a primeira geração do hatch foi lançada, em março de 2013.
Marca irmã da Peugeot, a Citroën alcançou a melhor participação de mercado desde agosto de 2014, quando conseguiu fatia de 1,5% das vendas.
Em junho de 2021, a empresa foi dona de 1,5%, superando anos sucessivos de resultados ruins – desde meados de 2017 a fabricante não conseguia emplacar uma série de participações superiores a 1%. O “fundo do poço” parece ter sido em dezembro do ano passado, quando teve apenas 0,37% de participação.
Ainda que tenha apenas um carro de passeio em sua linha, a Citroën conseguiu vender 2.566 veículos. Pela primeira vez, a dupla de marcas francesas ainda superou a Ford nas vendas, como mostra a tabela abaixo.
MARCA | VENDAS | PARTICIPAÇÃO |
Peugeot | 3.054 | 1,8% |
Citroën | 2.566 | 1,5% |
Ford | 1.974 | 1,2% |
Volvo também comemora
Vice-líder entre as marcas premium, e a única entre as maiores a não construir fábrica no Brasil, a sueca Volvo celebra as 3.873 unidades vendidas entre janeiro e junho – apenas 20 a mais do que a terceira colocada, Mercedes-Benz.
Mesmo com a diferença pequena, a Volvo comemora o melhor primeiro semestre de sua história no país.
“É um motivo de muito orgulho para todos nós, não só pelas vendas, mas pelo avanço entre os veículos eletrificados, que é nosso maior objetivo”, afirmou, em nota, João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil.
Vale ressaltar que desde abril a empresa só comercializa veículos híbridos no país. E até o fim do ano, vai lançar seu primeiro carro elétrico no Brasil, o XC40 Recharge Pure Electric.